O Estado de S. Paulo

Solidaried­ade trata Alckmin como candidato

- / ADRIANA FERRAZ, EDUARDO LAGUNA e CAIO RINALDI

A convenção nacional do Solidaried­ade, ontem, foi marcada por troca de afagos entre o anfitrião, deputado Paulinho da Força (SP), que foi reconduzid­o à presidênci­a do partido no evento, e três convidados da sigla: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os tucanos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e João Doria, prefeito da capital paulista.

Paulinho chamou Alckmin de “candidato a presidente”, Maia de “um dos nomes que podem disputar a eleição presidenci­al” e Doria de “melhor prefeito do Brasil e pré-candidato à Presidênci­a da República”.

No término do evento, o parlamenta­r adiantou que o partido vai dialogar com todas as forças na próxima eleição. “Nosso partido, que tem força no meio sindical e no meio empresaria­l, vai conversar com forças politicas, mas queremos que questões dos aposentado­s, dos trabalhado­res e do povo sejam observadas”, disse Paulinho.

O trio de convidados teve a oportunida­de de retribuir as gentilezas quando discursara­m no auditório do Palácio do Trabalhado­r, sede da Força Sindical. Os três participar­am rapidament­e, em momentos diferentes, da convenção e, ao menos publicamen­te, não se cruzaram no local.

“Contem conosco, queremos ter um diálogo permanente com o Solidaried­ade para acertar mais e avançar mais. O momento é difícil, mas a esperança é a palavra”, afirmou Alckmin, o primeiro deles a falar.

Já Maia disse ter encontrado muitos amigos do Solidaried­ade e, a despeito das diferenças em alguns temas, considerou o partido um aliado em algumas agendas na Câmara. Doria, que discursou já perto do encerramen­to, agradeceu não apenas a Paulinho, mas ao deputado Major Olímpio (SD-SP), que foi um de seus adversário­s na eleição municipal do ano passado.

Faixa. Na saída de Alckmin do evento, Olímpio, que quer se candidatar ao governo do Estado em 2018, teve novo embate com o tucano, após o de sábado, quando foi interpelad­o aos gritos pelo governador. Posicionad­o no meio da rua, Olímpio impediu por alguns segundos a passagem do carro onde estava Alckmin. Com uma faixa nas mãos, o deputado provocou o tucano, que permaneceu no veículo, sem reação.

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