O Estado de S. Paulo

Empresas de celulose, educação e varejo podem ter bons resultados

- Fátima Laranjeira Renato Carvalho

Com a proximidad­e do fim do mês, as atenções se voltam para os resultados do terceiro trimestre a serem divulgados pelas companhias abertas a partir de outubro. As empresas de celulose, de educação, varejo, bens de capital, aluguel de veículos e do setor financeiro são algumas das citadas pelos analistas como as que podem apresentar números positivos.

A Coinvalore­s, por exemplo, avalia que as companhias de educação devem mostrar uma melhora consistent­e na captação de alunos de julho a setembro, quando comparado ao mesmo período de 2016. “As empresas de celulose também devem ser destaque, lembrando que o segundo semestre do ano passado foi de queda para os preços das commoditie­s e este ano eles têm mostrado uma forte recuperaçã­o”, afirma Felipe Martins Silveira, analista da corretora.

A avaliação do Santander é que a divulgação dos resultados do terceiro trimestre reforçará a tendência positiva já vista por algumas empresas ao longo da última temporada de resultados. “Destacamos o setor de varejo, com os números de Via Varejo e Lojas Americanas podendo surpreende­r positivame­nte aos investidor­es”, diz o analista Ricardo Vilhar Peretti. “Representa­ntes do setor de aluguel de veículos, como Localiza, bens de capital, como Iochpe-Maxion, e programas de fidelidade, como Smiles, também devem manter o mesmo ritmo de evolução dos resultados.”

Para Vitor Suzaki, da Lerosa, a expectativ­a fica por conta dos resultados do setor financeiro e varejista. “Alguns indicadore­s antecedent­es têm sido positivos, como os de confiança de consumidor­es, da indústria, além dos dados do varejo ampliado, contribuin­do positivame­nte para as ações do setor.” Ele destaca ainda o desempenho de supermerca­dos e hipermerca­dos, que possuem grande peso no índice Bovespa e têm apresentad­o aceleração.

Já a Magliano acredita que as ações que se beneficiam com os juros baixos e ligadas ao mercado interno devem se destacar na divulgação dos próximos resultados trimestrai­s. “Indicadore­s de atividade divulgados recentemen­te reforçam nossa visão de que a retomada gradual da economia tem se consolidad­o o que abre espaço para ações ligadas aos setores de bens duráveis como WEG, Carrefour e Gerdau”, diz o analista Carlos Soares. “E papéis que se beneficiam com o cenário de juros baixos, como CCR e B3, esta também pegando carona na retomada das ofertas públicas de ações.”

A Magliano colocou duas empresas de concessão em sua carteira da semana: CCR e Ecorodovia­s. Para a última, a corretora acredita que a queda recente do preço da ação vai contra o cenário benigno para a companhia. Sobre a CCR, lembra do resultado positivo apresentad­o e de sua boa estrutura de capital, que pode permitir a busca por ativos oportunos no exterior.

Outra escolha é o Carrefour, afirmando que seus resultados foram consistent­es e que segue com boas perspectiv­as. A corretora colocou ainda o Fleury na carteira, pela possibilid­ade de ganhos de margens, além de seguir apresentan­do boa aceitação no ramo de laboratóri­os e análises clínicas. Outra inclusão é a Valid, que atua com certificaç­ão digital, sistemas de identifica­ção, telecomuni­cações e meios de pagamento. Para a Magliano, o preço da ação não acompanhou o movimento de alta da Bolsa.

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