‘Posições totalitárias’ desafiam democracia, diz Raquel Dodge
Na cerimônia de posse de conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o crescimento de posições totalitárias no Brasil e no mundo é uma ameaça à democracia. Para Raquel, é importante repudiar “quaisquer cogitações de retrocesso”.
“Estudos apontam que, em todo mundo, e também no Brasil, a democracia está sendo desafiada pelo crescimento do número de apoiadores de posições totalitárias. Diminui a confiança nas instituições, apontam pesquisadores. O fortalecimento do Ministério Público, papel deste conselho, deve contribuir para aumentar a confiança na democracia e nas instituições de justiça, como foi incumbido pela Constituição, repu- diando quaisquer cogitações de retrocesso”, disse Raquel.
Nesse trecho do discurso, a procuradora-geral foi aplaudida por servidores do MP e convidados presentes na cerimônia de posse dos novos conselheiros do CNMP. Raquel defendeu, também, a harmonia entre poderes e a estabilidade social.
A solenidade contou com a presença de autoridades, como o presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Edison Lobão (PMDB-MA) – ambos investigados no âmbito da Operação Lava Jato –, além de convidados e servidores. O discurso assemelhou, na maior parte, ao da posse de Raquel como procuradora-geral, na semana passada.
Conselho. Foram empossados dez conselheiros que atuarão no CNMP no biênio 2017-2019. Dois vão para o segundo mandato: Fábio Bastos Stica (MP-RR) e Orlando Rochadel Moreira (MP-SE), que ocupam vagas destinadas ao MP dos Estados.