Erros do apito no centro do futebol
Rodada é marcada por polêmicas, mas árbitro de vídeo só será usado daqui a quatro jornadas, quando os envolvidos terminarem curso de capacitação
Os árbitros de vídeo não serão utilizados nas próximas rodadas do Brasileirão. A novidade tecnológica só deverá ser colocada em prática a partir do dia 11 de outubro – 29.ª rodada –, quando todos os profissionais terão finalizado um curso que pretende capacitá-los a usar todos os equipamentos. A ideia é tentar evitar que falhas, como as que ocorreram nos últimos fins de semana, voltem a tomar conta do noticiário.
Os principais árbitros do País estão passando por um curso desde o dia 20 para aprender a melhor forma de usar os equipamentos e tentar otimizar o tempo de bola parada quando a novidade for colocada em prática. O evento ocorre em um resort em Águas de Lindoia, interior de São Paulo, e o curso terminará no dia 11 de outubro. A rodada seguinte, dias 17 e 18, terá, entre outras, a partida entre Corinthians e Grêmio, em São Paulo.
Uma das preocupações da CBF é conseguir fazer com que as decisões tomadas através das imagens de vídeo sejam rápidas, para evitar que a partida fique paralisada por muito tempo enquanto a arbitragem discute o lance e revê a jogada. No último fim de semana não faltou polêmica. Houve discussões em pelo menos seis das dez partidas realizadas na Série A do Campeonato Nacional.
Ontem, no fechamento da rodada, Sport e Vasco empataram em 1 a 1. O time pernambucano teve um pênalti marcado, mas depois o árbitro Sandro Meira Ricci voltou atrás após ser avisado pelo auxiliar que estava 40 metros da jogada – o assistente que fica atrás do gol nada avisou. Para Vanderlei Luxemburgo, técnico do Sport, houve comunicação de alguém de fora com a arbitragem no gramado. “O árbitro de vídeo entrou no jogo sem estar em campo. Não pode o cara que está lá do outro lado chamar a atenção do juiz que estava perto do lance. Teve interferência externa e isso não pode”, reclamou, em entrevista para o Bem Amigos.
Pelas imagens da televisão, a marcação da arbitragem em anular o pênalti acabou sendo correta. Já no clássico de domingo entre São Paulo e Corinthians, no Morumbi, pelo menos cinco jogadas receberam críticas dos mandantes, que enviarão uma reclamação formal para a CBF nos próximos dias. O time tricolor reclama de um pênalti não marcado no primeiro tempo (mão de Pablo), uma falta de Rodriguinho em Júnior Tavares (no lance que culminou no gol corintiano), o gol de Militão (anulado, depois que a arbitragem entendeu que Pratto fez falta em Cássio), um pisão de Maycon no braço de Petros que não foi punido e ainda uma bola recuada por Pablo pa- ra o goleiro corintiano.
Outros lances polêmicos ocorreram na rodada. No duelo entre Fluminense e Palmeiras, o atacante Dudu caiu dentro da área e os palmeirenses pediram pênalti, enquanto os tricolores alegaram que não houve intenção de Léo em cometer a infração. No confronto entre Bahia e Grêmio, aos 48 do segundo tempo, Edílson escorregou dentro da área e se chocou com Allione, que caiu e o árbitro deu pênalti, para a revolta gremista.
Na partida entre Coritiba e Botafogo, Rildo cruzou, a bola bateu em Lindoso e o árbitro deu pênalti. Já na partida entre Atlético-MG e Vitória, Fred disputou uma bola com Kanu na área e reclamou que ela bateu no braço do zagueiro, mas a arbitragem nada marcou.