Câmara aprova privatização do Anhembi em 1º turno
Os vereadores de São Paulo aprovaram ontem, em 1.º turno, a privatização do Anhembi, que será feita por meio da venda das ações da São Paulo Turismo (SPTuris), empresa de eventos da Prefeitura que administra o sambódromo e os pavilhões do complexo na zona norte da capi- tal, na Bolsa de Valores. Foram 37 votos a favor e 9 contra o projeto, que deverá ser votado em segundo turno em outubro, antes de ir para a sanção do prefeito João Doria (PSDB).
Para conseguir aprovar o projeto, o prefeito cedeu à pressão da bancada religiosa na Câmara Municipal e incluiu no texto um artigo que reserva o sambódro- mo 75 dias por ano para o carnaval e eventos religiosos.
O projeto original definia que o futuro dono do Anhembi teria de ceder gratuitamente o sambódromo à Prefeitura 60 dias por ano para ensaios e desfiles das escolas de samba. Agora, a ideia é de que fiquem 45 dias disponíveis para o carnaval e 30 para eventos religiosos.
“Apesar de o sambódromo ter sido construído para o samba, entendemos que o turismo religioso também é importante para a cidade”, defendeu o líder do governo na Câmara, Aurélio Nomura (PSDB). Amanhã, a Câmara fará audiência pública para debater essa privatização.
Também foi incluído artigo dizendo que as atividades hoje feitas pela SPTuris serão exercidas pela Secretaria do Turismo ou por nova empresa pública que será criada.