O Estado de S. Paulo

Bar na praça? Não! É um bar com praça própria

- Renata Mesquita

Um bar na praça. Ou melhor, um bar com praça própria. É essa a grande atração do Benê, que abriu as portas na semana passada. O endereço oficial da nova casa indica uma rua em Pinheiros, mas a fachada e boa parte do movimento do bar ficam em plena Faria Lima, na tal praça no final da avenida, próximo ao Instituto Tomie Ohtake. O jardim faz as vezes de varanda, com cadeiras de praia (no melhor estilo Pitico) e mesas improvisad­as apoiadas em chão de pedrinhas sob pitangueir­as.

O espaço verde foi inclusive o motivo de escolha do ponto pelos quatro sócios – todos jovens e iniciantes no ramo – que alugaram o imóvel que dava as costas para tal praça, que estava esquecida e funcionava como lixão in- formal da região. A turma arregaçou as mangas, capinou o mato, plantou novas árvores e grama, e conseguiu uma parceria com a Prefeitura de São Paulo. Quebraram algumas paredes do imóvel e o bar ganhou uma grande varanda (e a simpatia dos moradores mais próximos que há tempos tentavam um jeito de transforma­r o local).

O imóvel é uma grande cons- trução que parece estar em... construção: paredes descascada­s, tijolos aparentes, e móveis que não combinam uns com os outros em ambiente bem despojado e informal.

Do bar, que tem um balcão maior virado para a parte de dentro e uma janela para fora, saem apenas drinques clássicos, nada autoral. Entre eles o negroni (R$ 27), com ingredient­es importados, mas há também uma opção nacional feita com gim artesanal produzido em Campinas (R$ 24) e também pode entrar no gim tônica (R$ 24). Já a caipirinha não sai por mais de R$ 18, dependendo da cachaça. Um aviso no final da carta lembra que, quando for possível, eles fazem o drinque que o cliente quiser.

As opções de cerveja são básicas: Heineken long neck (R$ 9), Original 600 ml (R$ 12), chope da catarinens­e Shornstein (R$ 13) e IPA da Blondine (R$ 28). A água é cortesia da casa.

O cardápio de comes é variado e democrátic­o, tem friturinha­s para acompanhar os bebes, como os bolinhos de cogumelos (R$ 23, seis unidades), e outras porções para dividir, como queijo coalho com melaço de cana (R$ 15) e as brusquetas de sabores variados (R$ 20, quatro unidades). Pra matar a fome individual, sanduíches para todos os gostos, do porco ao vegetarian­o, que combina abobrinha, coalhada seca e tomatinhos confit (R$ 21).

Quem responde pela cozinha é a chef e sócia Fernanda Capagnoli. Mas tudo foi pensado pelos quatro, com o objetivo de fazer com quem visite o bar, se sinta bem à vontade, como se estivesse em casa. O lugar, que já está fazendo sucesso, deve ficar ainda mais movimentad­o com a chegada do verão.

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BENÊ BAR Despojado. Fachada de parede descascada do novo bar em Pinheiros
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DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO Beliscos. Bolinho de mix de cogumelos para comer

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