O Estado de S. Paulo

Somos Educação volta a cogitar venda para a Kroton

- COM DAYANNE SOUSA E LUCIANA COLLET

Controlada pela gestora Tarpon, a Somos Educação está mais perto de ser vendida e a Kroton é, novamente, vista como a principal candidata a compradora. A Somos, que tem editoras e colégios, quer novos recursos e vinha cogitando dois caminhos: o primeiro era a busca de um novo sócio para investimen­tos em expansão; o segundo, que hoje está mais perto de acontecer na visão do mercado, é a venda. O principal negócio da Kroton é o ensino superior, mas a companhia tem considerad­o a possibilid­ade de mirar aquisições no ensino básico, em especial depois que o Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica (Cade) barrou a fusão com a Estácio.

» Não tem tu. Em paralelo, a Somos avalia aquisições. Um dos braços que pode ser reforçado é o editorial. Dona das editoras Ática, Scipione e Saraiva, a empresa teria tido conversas com a Livro Fácil, distribuid­ora de materiais didáticos. A empresa é forte em São Paulo e atende colégios como o Pueri Domus. Procurada, a Kroton informou que avalia constantem­ente oportunida­des de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) e não comenta rumores de mercado. A Tarpon não comentou. A Somos Educação não se manifestou sobre uma possível venda para a Kroton e negou a compra da Livro Fácil.

» Sob nova direção. A gestora Rio Bravo está negociando a compra de um edifício no bairro do Morumbi, em São Paulo, que foi a sede da seguradora SulAmérica, e que pertence hoje à São Carlos Empreendi- mentos. O local já possui até mesmo um contrato de aluguel de longo prazo com a escola americana Avenues, que abrirá sua primeira turma no segundo semestre do ano que vem. A Rio Bravo anunciou captação de um fundo imobiliári­o e os recursos serão utilizados para financiar a aquisição. A São Carlos comprou o imóvel da SulAmérica, em 2012, por R$ 130 milhões. Rio Bravo e São Carlos não comentaram.

» Energético. O consumo de energia pode ter leve retomada neste ano com a volta da atividade industrial, após dois anos consecutiv­os de queda em meio à retração da economia brasileira. Em 2016, foram contabiliz­adas 41,9 bilhões de toneladas de óleo equivalent­e (toe) no Estado, volume 4,8% menor do que o registrado em todo o exercício de 2015. Os dados constam no Anuário de Energético­s por Município do Estado de São Paulo, da Secretaria de Energia e Mineração, e que será divulgado hoje, dia 29.

» Líder. Dentre os 645 municípios avaliados, a capital paulista encabeça a lista de consumidor­es dos diversos tipos de energia respondend­o por 19,6% do Estado, seguida por Guarulhos com 6,5% e Santo André com 1,7%. Os insumos mais utilizados foram os derivados de petróleo, energia elétrica e etanol.

» Sem saber. O desconheci­mento é um dos principais problemas das empresas quando se trata de questões fiscais. É o que mostra pesquisa da Arquivei, plataforma para armazename­nto, feita com 900 empresas, de diversos tamanhos e segmentos de todo o Brasil. Cerca de 80% dos entrevista­dos afirmam que não recebem todos os documentos e notas fiscais emitidos contra seus CNPJs, o que pode gerar uma desorganiz­ação no setor fiscal e, consequent­emente, problemas junto ao Fisco.

» É fria. A maioria das empresas (63%) também tem dificuldad­e para reconhecer notas indevidas emitidas contra elas, as famosas “notas frias”. Tanto é que 58% alegam que passaram a notificar à Secretaria da Fazenda (Sefaz) sobre as fraudes.

» Família unida. A Cielo está usando sua irmã Stelo para testar a venda de “maquininha­s”, a exemplo de caminho recém trilhado pela GetNet, do Santander. Um projeto piloto da nova solução ocorre no interior de São Paulo, em agências de Banco do Brasil e Bradesco, e ajustes são feitos antes de a iniciativa ser ampliada. O movimento representa o avanço do escopo da Stelo, até então uma carteira digital e que vai passar a atuar também no ramo de adquirênci­a, plugada na Cielo. Além disso, vem a reboque do modelo adotado pela PagSeguro, do Uol, que cresceu no Brasil com a comerciali­zação ao invés do aluguel da máquina.

» Em casa. A Cielo detém 30% da Stelo, uma empresa de meios de pagamentos e e-commerce que também é controlada por Banco do Brasil e Bradesco. É um dos vários players que integram o guarda-chuva Elo. Procurada, a Cielo não comentou.

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PAULO WHITAKER/REUTERS
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MARCO AMBROSIO - 15/3/2015
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ALINE BRONZATI / ESTADÃO – 21/6/2017

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