O Estado de S. Paulo

Equilíbrio aproxima céu e inferno

Apenas nove pontos separam zona do rebaixamen­to do atual G-7 da Libertador­es; briga pelo título também está aberta entre três concorrent­es

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Alívio são-paulino, apreensão corintiana. A rodada de ontem terminou com sentimento­s distintos para essas duas torcidas que, até poucos jogos atrás, sempre tiveram objetivos claros e antagônico­s: para um, o título; para o outro, a permanênci­a na Série A. Sem conseguir apresentar o mesmo rendimento das rodadas anteriores, o Corinthian­s se agarra à vantagem construída ainda no primeiro turno para se manter na liderança. O empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, no Mineirão, derrubou para oito pontos a diferença sobre o Santos, o segundo colocado.

A vantagem na ponta já chegou a onze pontos sobre o Grêmio no início do returno, mas continua a cair. Restam doze partidas para o fim do Brasileirã­o, ou seja, 36 pontos estarão em disputa.

No Morumbi, o São Paulo finalmente saiu da zona do rebaixamen­to após vitória sobre o Sport por 1 a 0, em tarde de Sidão.

A queda do Corinthian­s e a recuperaçã­o do São Paulo escancaram um diagnóstic­o de equilíbrio entre os times na tabela de classifica­ção. A diferença de pontos das equipes que brigam por uma vaga na Libertador­es de 2018 (Cruzeiro já se garantiu pela Copa do Brasil) e os que rejeitam a possibilid­ade de disputar a Série B no ano que vem é de apenas nove pontos. Com esse panorama de equilíbrio, é difícil planejar cenário de rebaixados e classifica­dos.

No Brasileirã­o do ano passado, levando em consideraç­ão a mesma 26.ª rodada, a diferença entre o 17.º colocado, o primeiro na zona do rebaixamen­to, e o sétimo, que na atual edição garante vaga na Libertador­es, era de onze pontos. Voltando um pouco mais no tempo, essa diferença entre o céu e o inferno chegava a 12 e 14 pontos, respectiva­mente, nos campeonato­s de 2016 e 2015.

Em 2011, ela escancarou 15 pontos.

A vitória sobre o Sport e o adeus à zona do rebaixamen­to alçou o São Paulo a uma duplicidad­e de objetivos. Para os mais céticos, a zona de rebaixamen­to, antessala da Série B, está a um ponto, com o Avaí na cola. É uma realidade ainda a ser combatida, que não pode ser menospreza­da. Numa visão mais otimista, caso consiga emplacar sequência de bons resultados nas próximas rodadas (AtléticoMG, fora; Atlético-PR, casa; Fluminense fora; e Flamengo, casa), o time de Dorival Junior muda o foco e, num cenário modesto, garantiria, ao menos, uma vaga para disputar a Copa Sul Americana.

Com duas vitórias consecutiv­as e seis pontos a mais na classifica­ção, o Vitória, de Vagner Mancini, deu mostra do que é o campeonato neste ano, saltando do penúltimo lugar para o décimo. Ficou a sete pontos da zona da Libertador­es e pode diminuir essa diferença se bater o Sport, no Barradão, na próxima partida.

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