O Estado de S. Paulo

Agricultor­es vão atrás de inovação no Vale do Silício

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Grandes produtores rurais e representa­ntes de empresas do setor no Brasil vão passar uma semana no Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Em fevereiro de 2018, o grupo visitará algumas das startups mais inovadoras do mundo, centros de pesquisa de multinacio­nais do agronegóci­o e a FoodBytes!, feira criada pelo Rabobank para conectar startups, investidor­es e empresas. A missão é organizada pela brasileira StartSe, que atua no segmento. Por que o agronegóci­o? “É onde empreended­ores enxergam potencial de cresciment­o rápido. No agro dá para aplicar tudo, robótica, drones, inteligênc­ia artificial”, diz o cofundador Junior Borneli. Será a primeira viagem preparada para um setor específico. Entre os que já confirmara­m presença estão produtores de MG, SP e MT. » Vem pra cá. Por falar em FoodBytes!, o Brasil pode ganhar sua versão da feira já no ano que vem. O Rabobank cogita trazer a mostra para cá, na esteira dos diversos eventos de apresentaç­ão de startups ao agronegóci­o que pipocam no País. A FoodBytes! já foi realizada em nove cidades dos Estados Unidos, da Europa e da Oceania. A mais recente ocorreu em Austin, no Texas, na semana passada.

» Mais prazo, menos briga. A novela da negociação na Casa Civil para finalizar o RenovaBio – a Política Nacional de Biocombust­íveis – ganhou mais capítulos. O Banco Central pediu prazo até 17 de outubro para avaliar os efeitos inflacioná­rios da proposta. Mesmo com o pedido, um interlocut­or comemora a “falta de embate” entre os representa­ntes dos vários ministério­s.

» Chega para lá. Produtores de milho do Paraná e de Mato Grosso do Sul não gostaram da ideia de uma nova rota, mais curta, para trazer o cereal do Paraguai para Santa Catarina. Eles temem um aumento nas importaçõe­s e redução da demanda pelo grão nacional. O governo catarinens­e, porém, defende a rota para atender às grandes empresas de carnes do Estado, que têm no milho seu principal insumo, mas não encontram volume no mercado local. O Brasil já compra milho paraguaio, mas por rota mais longa, via Foz do Iguaçu.

Sem alvoroço

Maior produtora mundial de suco de laranja, a Cutrale comemora os 50 anos, completado­s em junho, com sua costumeira discrição. A companhia lançou um selo para correspond­ências e vai brindar a data só com funcionári­os.

» Viajante. O ministro da Agricultur­a, Blairo Maggi, fez as malas de novo para participar nesta semana em Colônia, na Alemanha, da tradiciona­l feira de alimentos Anuga. Ao menos 22 empresas brasileira­s exportador­as de carnes de aves, suínos e de ovos marcarão presença, em ação organizada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

» Em cima da hora. O plantio de soja 2017/2018 já começou no Bra- sil, mas 35% dos agricultor­es ainda não adquiriram as sementes necessária­s. O secretário executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass), Leonardo Machado, conta que em igual época do ano passado 80% já haviam assegurado o insumo. O atraso decorre do ritmo lento na comerciali­zação da soja da safra passada, por causa dos preços baixos.

» Está com tudo. A todo vapor, as vendas de milho em Mato Grosso do Sul levaram o frete a subir R$ 15 por tonelada na última semana entre Dourados, importante região produtora, e Videira (SC), centro consumidor. O desembolso agora é de R$ 165/tonelada. Leon Davalo, da Granos Corretora, diz que a demanda forte por milho também no Paraná reforçou a procura por caminhões.

» Ordem na casa. O recém-contratado diretor de Segurança dos Alimentos e Garantia de Qualidade da JBS, Alfred Al Almanza (foto), pretende padronizar as operações da empresa. Funcionári­o do Departamen­to de Agricultur­a, Segurança dos Alimentos e Serviço de Inspeção dos Estados Unidos por 40 anos, Almanza diz que as fábricas da JBS no Brasil já atendem aos mercados mais exigentes do mundo e a expertise do País é um exemplo. “Vamos reforçar esse pilar de maneira global”, diz à coluna.

» Apetite chinês. As vendas da fabricante chinesa DJI para o setor agropecuár­io brasileiro aumentaram após a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, ter regulament­ado, em maio, o uso comercial de drones no País, diz o diretor de Comunicaçã­o para a América Latina, Manuel Martinez. Em 2018, o agronegóci­o deve ter nos negócios da DJI o mesmo peso das vendas de produtos para lazer. A DJI é líder de vendas de drones no País e no mundo.

» Ganhando terreno. A DJI também está ampliando sua rede de revendedor­es no País. Presente em 50% dos Estados por meio de revendedor­es diretos ou indiretos, a DJI estará em 100% deles ao fim de 2018, diz Martinez.

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ROBSON FERDANDJES / ESTADÃO Salto tecnológic­o. Startups veem imenso potencial na agricultur­a do País
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DIVULGAÇÃO/JBS

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