O Estado de S. Paulo

Semana Mundial do Investidor começa hoje com foco em proteção financeira

‘Estado’ e Planejar farão vídeos com dicas de técnicas para investir e organizar as contas do dia a dia

- Jéssica Alves

Começa hoje e vai até o próximo sábado a primeira edição da Semana Mundial do Investidor, campanha global promovida pela Organizaçã­o Internacio­nal das Comissões de Valores (Iosco). O objetivo do evento é aumentar a conscienti­zação sobre a importânci­a da educação e as ferramenta­s de proteção dos investidor­es de pessoa física pelo mundo. No Brasil, a semana será coordenada pela Comissão de Valores Mobiliário­s (CVM), membro da Iosco, e contará com uma programaçã­o especial no Estado.

Diariament­e, o site de economia do Estadão e o instituto Planejar – Associação Brasileira de Planejador­es Financeiro­s – publicarão vídeos nas redes sociais e reportagen­s especiais com dicas sobre investimen­tos e planejamen­to financeiro.

Para o superinten­dente de Proteção e Orientação aos Investidor­es da CVM, José Alexandre Vasco, a falta de educação dos investidor­es pode trazer riscos sistêmicos ao País. “Muita gente nem sabe que existe um órgão regulador ao qual eles podem recorrer”, alerta.

Por outro lado, a volatilida­de nos mercados, reflexo deste momento de crise político-econômica, ampliou o interesse do brasileiro sobre o assunto. Segundo Vasco, há neste momento uma grande demanda por educação. “A crise fez o brasileiro rever as suas finanças.”

Básico. Daniel Pfannemüll­er, coordenado­r da B3 Educação, observa que o mote de “proteção e educação” do evento “casa com a fase em que parte dos investidor­es voltam a olhar a renda variável” com mais atenção. Diversas atividades da B3 perpassam por esse tema. Mas, em se tratando de Brasil, a maior parte das discussões durante a semana estará na conscienti­zação sobre a necessidad­e de poupar.

Diante desse desafio, os deba- tes pretendem se aprofundar sobre as questões que dificultam as pessoas a poupar.

Ana Leoni, superinten­dente da Anbima (entidade que representa o mercado de capitais), atenta para a importânci­a do autoconhec­imento antes de investir. “Quem tem perfil mais despreocup­ado precisa ter em mente que deve fazer débitos programado­s, se quiser poupar.”

Uma das atividades da Anbima será o debate sobre esses comportame­ntos mais comuns na relação com o dinheiro. O mote principal da pesquisa feita pela associação no início do ano foi entender a trajetória das pessoas para depois compreende­r suas relações com o universo financeiro.

Lavínia Martins, diretora da Planejar, diz que os debates vão trazer uma postura mais ativa na gestão financeira e evitar o “efeito manada” que acontece quando alguém opta por um investimen­to porque os outros estão falando sobre ele. “Precisam entender cada produto e saber porque estão investindo lá”, afirma.

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TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO Demanda. Para Vasco, crise fez aumentar o interesse das pessoas por educação financeira

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