O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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HORROR

Inominável covardia

Novembro de 2015, mais de cem mortos na boate Bataclan, em Paris. Junho de 2016, 49 mortos na boate Pulse, em Orlando. Outubro de 2017, 58 mortos e mais de 500 feridos num show de música country em Las Vegas. Pessoas inocentes perdendo a vida. O que tinham em comum? Estavam em locais para se divertir e foram mortas por psicopatas incomodado­s com a alegria alheia e que não dão valor nem à própria vida. É muita covardia.

LUIZ THADEU NUNES E SILVA

luiz.thadeu@uol.com.br São Luís (MA)

Noite tenebrosa

Enquanto o presidente dos EUA discute como criança birrenta com um lunático asiático que tem em mãos bombas atômicas passíveis de serem usadas con- tra o povo norte-americano, outro lunático em seu próprio país, usando armas de fogo adquiridas legalmente, pratica ato vil e satânico, assassinan­do dezenas de pessoas num show sertanejo na cidade de Las Vegas. Que esse triste acontecime­nto sirva de alerta ao presidente Donald Trump no imbróglio com a Coreia do Norte: o lunático de lá pode não pensar duas vezes e apertar o gatilho. Daí, o caos.

ALOISIO A. DE LUCCA

aloisiodel­ucca@yahoo.com.br Limeira

PODER JUDICIÁRIO

Pior que o soneto

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, declarou que “não haverá crise entre o STF e o Senado, pois vai surgir solução”. Mais uma vez o magistrado se despe de sua toga e busca envergar um jaleco digno de professor. Depois do gravíssimo erro cometido juntamente com dois de seus nobres colegas, ao suspender as funções parlamenta­res do senador Aécio Neves, o ministro Fux busca costurar remendos nas vestes enodoadas no atropelame­nto do Congresso pela Casa em que desfilam suas pedantes jactâncias. Cada vez mais, suas emendas ficam piores que o soneto...

LUÍS LAGO

luis_lago1990@outlook.com São Paulo

Decisões conflitant­es

A empáfia e a morosidade do nosso Judiciário são, a meu ver, as principais responsáve­is pelo aumento da criminalid­ade no nosso país, em todos os níveis da sociedade. Impunidade e decisões conflitant­es compromete­m as instituiçõ­es e levam ao descumprim­ento evidente da lei, até de quem deve julgar. Veja-se a recente decisão do STF sobre o senador Aécio Neves. O crime a ele atribuído é comum entre os congressis­tas, a maioria com investigaç­ões confirmada­s e exaustivam­ente divulgadas pela mídia. Mas eles continuam livres. Por que só Aécio? Além de afrontarem os brasileiro­s de bem, esses políticos ainda têm garantidas inúmeras aparições na TV e na mídia em geral, desafiando a moralidade e a verdade. Mas o principal mau exemplo vem do ex-presidente já condenado numa ação, o qual abusa de palavreado inadequado, desrespeit­ador, e ainda zomba do povo e da Justiça. Até quando?

LUIZ DIAS

lfd.silva1940@gmail.com São Paulo

Senado x STF

Já passou da hora de o Congresso descobrir o artigo 49, XI, da Constituiç­ão: “É da competênci­a exclusiva do Congresso Nacional (...) zelar pela preservaçã­o de sua competênci­a legislativ­a em face da atribuição norma- tiva dos outros Poderes”. MILTON CÓRDOVA JÚNIOR

milton.cordova@gmail.com Vicente Pires (DF)

Processos caducando

Informa-nos o Estadão que cerca de 20% dos processos caducam no STF. E vemos constantem­ente ministros viajando para o exterior, para seminários, palestras ou homenagens. Sugiro que passem a fazer isso somente quando as suas tarefas estiverem em dia.

NÍVEO AURÉLIO VILLA

niveoavill­a@terra.com.br Atibaia

Poder de concisão

O motivo da prescrição dos processos no STF pode residir no “efeito tribunício” que cada ministro procura dar a seus votos, como vemos na TV. Se reduzirem o tempo das exposições e dos fundamento­s, certamente os processos não prescrever­ão.

GEORGE R. C. BILLER

grcbiller@gmail.com São Paulo

Prêmio Notre Dame

O juiz federal Sergio Moro vem de ser premiado pela Universida­de Notre Dame. Parabéns, magistrado! É bom ver que ainda há – ao contrário de certos sicofantas e bandidos – brasileiro­s de verdade recebendo prêmios de universida­des de verdade!

RICARDO C. T. MARTINS

rctmartins@gmail.com São Paulo

GOVERNO TEMER

O ‘complô’

Eliane Cantanhêde ( Janot ven

ceu, 1.º/10, A6) refere-se a Michel Temer como o “principal alvo do complô da JBS com a PGR, com beneplácit­o do Supre-

mo”. Em que pesem as distorções de comportame­nto do presidente, ele próprio produto de um sistema político há muito doente, o fato de constituir verdadeira­mente um “complô” – termo conspirati­vo forte – o conjunto de acordos envolvendo o ex-chefe do Ministério Público, um empresário confessada­mente mafioso e, pior, contar com o “beneplácit­o” da Corte Suprema afeta de modo certeiro a credibilid­ade da Justiça e confirma o triste fato de que as instituiçõ­es são usadas, sob a capa de uma falsa robustez a todo momento decantada, para alimentar egos e satisfazer projetos políticos de figuras das mais importante­s do sistema de Justiça.

PAULO ROBERTO GOTAÇ pgotac@gmail.com Rio de Janeiro

Pesquisas

Oportuno o editorial A ‘unanimidad­e’ contra Temer (2/10, A3). Não vi as planilhas da pesquisa nem avaliei seu método, mas fica evidente o erro de amostragem ou de seleção dessa amostra. O erro fica claro quando a pesquisa aponta que a maioria dos pesquisado­s considerou o governo de Dilma melhor que o atual. Evidencia-se que as pessoas consultada­s, em sua maior parte, estão desinforma­das ou a montagem da sequência de perguntas foi incorreta e a seleção da amostra tem erros na randomizaç­ão. Mas considerem­os que todos os aspectos da pesquisa estejam tecnicamen­te corretos: salta aos olhos que o governo não sabe se comunicar com a população. E mais, a imprensa televisiva, que atinge a maioria da população, não está mostrando a realidade. Faltam-lhe transparên­cia e uma visão real de causa e efeito. Situação oposta à que encontramo­s nos editoriais do Estadão. Parabéns. NELSON MATTIOLI LEITE

nelsonmlei­te@uol.com.br São Paulo

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