O Estado de S. Paulo

CPMI analisa operações do BNDES com a JBS

- ANDREZA MATAIS MARCELO DE MORAES COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM ANA POMPEU

ACPMI da JBS ouve hoje o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho sobre operações do banco com a empresa de Joesley Batista. O vice-presidente da CPMI, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), quer que Coutinho explique por que o BNDES comprou R$ 1,13 bilhão em ações da JBS, em 2007. O dinheiro foi usado para comprar a Swift. Caiado também vai cobrar explicaçõe­s de Coutinho sobre a operação de R$ 3,5 bilhões, em debêntures conversíve­is, para que a JBS adquirisse a Pilgrim’s Pride. O BNDES chegou a ter 35% das ações da JBS.

» Com a palavra. Segundo o BNDES, o apoio dado à JBS teve como base uma política de governo “que estabelece­u setores estratégic­os a serem apoiados, como o agronegóci­o, em que a JBS se insere”.

» Se armando. A CPMI da JBS vai comprar um software de Business Intelligen­ce que vai possibilit­ar o cruzamento dos milhares de dados que receberá e facilitar a investigaç­ão, pois permite buscas por palavras.

» Problema. Apesar de o PSDB ter apresentad­o mandado de segurança para anular a decisão do Supremo, está cada vez maior o constrangi­mento dentro da legenda com a situação do senador Aécio Neves.

» Fatura alta. Os tucanos acham que estão pagando a conta do desgaste político do senador pelo seu envolvimen­to no escândalo da JBS. E reclamam que ele também não facilita as coisas para o partido.

» Paisagem. Depois de passarem o domingo comemorand­o a pesquisa do Datafolha que aponta a liderança de Lula na corrida presidenci­al, os petistas fizeram quase voto de silêncio sobre a pesquisa seguinte, que mostra que a maioria dos entrevista­dos quer vê-lo preso.

» Passa depois. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tentou sem sucesso conversar com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, sobre conjuntura política de 2018.

» De trem. Joesley Batista e Ricardo Saud ainda não se manifestar­am sobre a decisão do ex-procurador Rodrigo Janot de rescindir suas delações. Eles não foram intimados apesar de a notificaçã­o ter saído do STF no dia 20 de setembro.

Luz vermelha. As mudanças no comando do TSE em meio às eleições de 2018 preocupam políticos. Luiz Fux assume a presidênci­a da Corte de fevereiro a agosto, quando passa o bastão para Rosa Weber e Luís Roberto Barroso como vice.

» Fogo. Os três são apontados por senadores como responsáve­is pela instabilid­ade e a crise institucio­nal criadas com o Congresso. Eles votaram pelo afastament­o de Aécio Neves.

» Unidos. Rosa Weber costuma decidir em sintonia com Barroso no STF.

» Ele fica. Apesar da pressão do PR, o governo não vai desistir de leiloar Congonhas. No dia 5 deve ser aberta a temporada para que empresas manifestem interesse pelo terminal.

» Sumiu. A equipe da procurador­a-geral Raquel Dodge não encontrou vários arquivos em computador­es que deveria ter herdado da gestão de Rodrigo Janot.

» Vai que. Tucanos ainda tentam convencer Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) a desistir de relatar a segunda denúncia contra Temer. Mas desconfiam que estão apenas perdendo tempo.

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