Seguradora Pottencial adia prazo para receber ofertas
Aseguradora mineira Pottencial decidiu postergar o prazo para o recebimento de ofertas não vinculantes no âmbito do seu processo de venda. A data-limite era a última sexta-feira, dia 29, mas foi adiada por mais uma semana. O certame está sendo assessorado pelo Credit Suisse. Algumas candidatas tidas como players naturais a levarem a Pottencial desistiram do ativo no meio do caminho. Entre elas, estão a francesa Axa e a canadense Fairfax. A atenção, assim, fica ainda mais voltada para a chinesa Fosun, que procura um ativo de seguros no País. O grupo tentou levar a Austral, da Vinci Partners, no ano passado, mas não teve sucesso. Recentemente, o chinês adquiriu o controle da gestora Rio Bravo e da corretora Guide Investimentos no Brasil.
» Frustrou. Na primeira etapa do processo, a Pottencial obteve a adesão de 19 interessados, entre seguradoras e fundos de private equity, que assinaram acordo de confidencialidade. No entanto, o preço de cerca de R$ 1,5 bilhão almejado pelos acionistas, entre eles a família Mattar, sócia-fundadora da Localiza, já era apontado como um fator impeditivo ainda que a operação fosse tida como “redonda” no mercado. Procuradas, Pottencial, Axa e Fairfax não comentaram.
» Reforço. Na esteira das mudanças que o IRB Brasil Re faz após listar suas ações na Bolsa, o ressegurador acaba de criar uma nova diretoria corporativa de resseguros. A área ficará sob o comando de José Farias, que antes era diretor de subscrição de patrimônio (property e casualty). Ele se reportará a José Cardoso, presidente do IRB e vicepresidente de resseguros.
» Apoio. Farias contará com o apoio dos diretores Alessandra Monteiro, responsável pelos ramos de vida e longevidade, José Lacerda, de patrimônio, e Isabel Solano, de internacional. O ressegurador também conta com um novo diretor de Tecnologia da Informação, Marcelo Hirata, vindo da Vodafone Brasil.
» Outubro rosa. O banco Daycoval está tentando ampliar a sua base de clientes mulheres, que ainda são a minoria quando o assunto é investimento. Com gancho no movimento global Outubro Rosa, que simboliza a luta contra o câncer de mama, lançou um Certificado de Depósito Bancário (CDB) sob medida para elas. O atrativo em relação aos papéis tradicionais é a rentabilidade: 103% do CDI – taxa de referência do mercado financeiro –, melhor retorno entre os produtos do banco.
» Na palma da mão. A Amil, da americana United Health, desembolsou R$ 5,5 milhões em tecnologias para facilitar a gestão do plano de saúde por parte dos usuários. Uma das apostas da operadora é um token que, por meio do envio de um código, permite ao cliente confirmar uma consulta ou exame. Em um mês de testes, três milhões de códigos já foram gerados. A outra é um simulador de coparticipação que mapeia especialistas e respectivos preços cobrados. Com o mote de “ampliar o poder de escolha”, a ferramenta da Amil pode terminar por incentivar usuários a escolher médicos que cobram menos, um velho sonho das operadoras de saúde.
Novos mares. A Zattini, do grupo Netshoes, que abriu seu capital neste ano na Bolsa de Nova York, firmou parceria com a Ri Happy, do fundo de private equity Carlyle. A partir disso, lançará um novo departamento para a venda de brinquedos, no modelo de marketplace, que tem se expandido nas varejistas do País. De olho na proximidade do Dia das Crianças, a ideia é se aproveitar do fato de que mais de 20% das vendas de brinquedos no Brasil são feitas pela internet, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de brinquedos (Abrinq).
» Um passo por vez. Além de um gestor para o processo de privatização, a Eletrobrás defende a contratação de um assessor financeiro e jurídico. A ideia é ter um “advisor” como, por exemplo, a Rothschild. O processo de contratação não foi iniciado. Depois de definidos os detalhes é que o sindicato de bancos de investimento será selecionado.
» Conflito. Normalmente, o gestor dos processos de privatização do País tem sido o BNDES, mas, no caso da Eletrobrás, esse padrão pode não ser seguido. Isso porque o banco é acionista da Eletrobrás, com participação de cerca de 16%. O governo avalia se não haveria um conflito de interesse nesse caso. A alternativa seria outro órgão da administração pública, como, por exemplo, a secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).