O Estado de S. Paulo

Neymar tenta alcançar marca de Romário na seleção

Atacante tem 52 gols pelo Brasil, três a menos do que o Baixinho, terceiro maior artilheiro da história da equipe

- / C.C e M. D.

Diante de uma das piores defesas das Eliminatór­ias, o atacante Neymar terá hoje a chance de se aproximar de mais uma marca pessoal. Com 52 gols em jogos oficiais pelo Brasil, o jogador do Paris Saint-Germain está a três de alcançar Romário, terceiro maior artilheiro da história da seleção.

A lista é encabeçada por Pelé, que marcou 77 vezes, e tem Ronaldo em segundo lugar, com 62. Os três principais artilhei- ros foram campeões mundiais pelo Brasil. Neymar terá a chance de entrar nesse grupo no próximo ano.

O atacante do PSG já enfrentou a Bolívia em três oportunida­des, e tem bons números. Ele marcou três gols e deu duas assistênci­as. Nenhuma dessas partidas, contudo, foi na altitude de La Paz – na mais recente, em outubro do ano passado, o jogador foi caçado no gramado da Arena das Dunas, em Natal, mas deixou o dele na vitória do Brasil por 5 a 0.

Mesmo assim, Neymar já atuou na capital boliviana. E sofreu bastante. Em 2012, quando ainda estava no Santos, o jogador esteve em La Paz para a partida do clube paulista diante do Bolívar, pela Libertador­es. Lá, foi alvo de jogadas duras e até mesmo de arremesso de frutas e objetos por parte da torcida.

Na ocasião, o Santos perdeu a partida por 2 a1 e o atacante, que passou em branco, saiu reclamando das condições. Duas semanas depois, o Santos venceria o mesmo adversário em casa por 8 a 0. Neymar fez dois gols.

Esta semana, na Granja Comary, o jogador se mostrou bem à vontade nos treinos. Brincou com os colegas de equipe, deu dribles, recebeu faltas e marcou gols. Pareceu estar bem disposto para jogar em La Paz e também para alcançar os números de Romário.

Nada pareceu incomodá-lo, nem mesmo a rusga que teve em campo no PSG com Cavani. Rusga que está totalmente superada, na avaliação de Tite.

“Acompanhei tudo através da imprensa, não busquei nenhuma informação. Mas pra mim foi emblemátic­o. Vibrei quando meteram uma bola para o Neymar e, de letra, ele deixou o Cavani na cara do gol”, lembrou Tite. “Vibrei quando o Neymar marcou de pênalti e apontou para o Cavani. Não é a situação egoísta de ‘eu sou o cara’. Isso é senso de equipe, é a grandeza.”

Na Granja, o treinador disse que não chegou a tocar nesse assunto com o atacante. Pela faceirice do jogador, nem foi preciso.

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WILTON JUNIOR/ESTADAO Dono da bola. Neymar corre atrás da artilharia

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