Em laboratório e banca de advocacia, mulheres são maioria do quadro
Empresas oferecem oportunidades iguais independentemente de gênero ou raça, segundo gestoras
Fundado há 18 anos por duas mulheres, o Laboratório Sabin sempre investiu na valorização e no crescimento dos funcionários. “Investimos em capacitação e disseminação da cultura organizacional. Acreditamos que se as pessoas enxergarem a possibilidade de crescimento, elas irão se dedicar e se engajar mais, e a empresa conseguirá resultados melhores”, diz a presidente executiva do grupo Sabin, Lídia Abdalla.
Hoje, o laboratório está presente em todas as regiões do País, com 225 unidades de atendimento e quatro mil funcionários. Lídia afirma que 77% do quadro de empregados é de mu- lheres e 74% da liderança é feminina. “As políticas e programas são muito focados na equidade de gênero. Promovemos oportunidades iguais, independentemente de gênero e raça”, diz.
Ela ressalta que o Sabin tem um programa consistente de desenvolvimento de carreira e pacote de benefícios. “Não temos benefícios exclusivos para mulheres. Muitos, são importantes para elas e para as famílias, como o auxílio casamento, auxílio fralda, um salário mínimo para a compra de enxoval e programa de gestação, que também atende as mulheres dos funcionários. Mas os homens recebem os benefícios quando vão casar ou ser pais. Isso é equidade, é assim que promovemos a igualdade.”
Lídia diz que o s critérios para ascensão são iguais para todos, feitos em cima da meritocracia. “Tanto que mulheres grávidas participam dos processos de seleção interno e costumam ser aprovadas. Não vemos a gravidez como um problema, sabemos que quando ela voltar da licença maternidade, vai entregar os resultados.”
No TozziniFreire Advogados, a gravidez também não é entrave. “No finalzinho da década de 1990, entrei no escritório quando estava grávida. Quando voltei da licença da maternidade, me tornei sócia. Considero esse fato emblemático”, diz a sócia na área de investimento social corporativo, Maria Elisa Gualandi Verri.
Segundo ela, o escritório foi fundado na década de 1970, tendo em seu DNA a característica de não fazer distinção de gênero. É meritocracia pura. “O Tozzini foi responsável por essa postura de inclusão, ele sempre teve um pensamento muito avançado”, avalia.
Maria Elisa conta que dentro do quadro de sócias, há muito tempo as mulheres participam do comitê de decisões do escritório. “O corpo jurídico é formado 60% por mulheres. O número de sócias também tem porcentual significativo em relação ao mercado, variando entre 38% e 40%. No momento, a área penal, por exemplo, é liderada por uma mulher”, conta.
O escritório tem 258 advogadas, o que representa 57% dos profissionais de direito em atividade. No total, são 1,1 mil colaboradores, contando outras profissões. “Desde 2012, ganhamos vários prêmios pelas iniciativas de diversidade. Vencemos três vezes como melhor escritório nacional no Americas Women in Business Law Awards, e o Prêmio Equidade de Gênero na Liderança, no 6º Fórum Mulheres em Destaque 2016.”
Reconhecimento “Ganhamos vários prêmios, como o de Equidade de Gênero na Liderança, no 6º Fórum Mulheres em Destaque 2016” Maria Elisa Gualandi Verri SÓCIA NO TOZZINIFREIRE ADVOGADOS