Venda de imóvel cresce 20,8% em São Paulo, diz Secovi
Ao todo, foram comercializadas 10.991 unidades residenciais entre os meses de janeiro a agosto de 2017; entidade mantém projeção de alta de 10% para o ano
A venda de imóveis cresceu 20,8% na capital no acumulado de janeiro a agosto ante o mesmo período de 2016. Foram comercializadas 10.991 unidades, segundo Pesquisa do Mercado Imobiliário, do SecoviSP, que será divulgada hoje. Os apartamentos de um quarto são destaque nos negócios.
As vendas de imóveis na cidade de São Paulo cresceram 20,8% no acumulado de janeiro a agosto frente ao mesmo período de 2016. Ao todo, foram 10.991 unidades comercializadas no período, segundo dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), na Pesquisa do Mercado Imobiliário, que será divulgada hoje.
De julho para agosto, a entidade apurou um aumento de 50,6% no número de imóveis vendidos. O destaque no mês foi a venda de imóveis pequenos e baratos, com 863 unidades de um dormitório comercializadas. “Com a exceção de al- guns apartamentos, nosso mercado é feito por quem está comprando a primeira moradia ou que vê no imóvel um ativo”, conta o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. Segundo ele, parte dessa demanda é fi- nanciada pelo programa Minha Casa, Minha Vida nas faixas 2 e 3, que abrange unidades de R$ 180 a R$ 240 mil.
As unidades maiores também sinalizam uma retomada. De acordo com o levantamento do Secovi, os imóveis residenciais de quatro ou mais dormitórios registraram 113 unidades lançadas e vendas de 98 unidades. Para Petrucci, o incremento nas vendas de maior metragem surpreende, já que nos últimos anos a demanda ficou concentrada em um e dois dormitórios.
Projeção. Apesar da alta acumulada de 20% até agosto, o economista-chefe do Secovi mantém a previsão de avanço dos lançamentos e vendas em 10% para o ano. “Temos essa alta (atual) nas vendas, mas a base de comparação com o ano passado ainda é fraca”, explica.
A melhora dos números do setor, acrescenta Petrucci, tam- bém reflete um certo descolamento do mercado do cenário político. No ano passado, o impeachment de Dilma Rousseff em agosto, levou o mercado imobiliário a um dos piores desempenhos da série histórica.
Por isso mesmo, com a base deteriorada, na comparação com agosto passado as vendas dispararam 73% em igual período de 2017. O último ano também mar- cou o recorde de baixa na comercialização, conforme a série iniciada pelo Secovi em 2004.
O número de lançamentos na capital também está em trajetória de alta com volume 11,7% maior no acumulado de janeiro a agosto, totalizando 9.215 unidades residenciais. “Ficamos muitos meses sem lançamentos voltados para a classe média e alta, porque houve pouca aderência nesse segmento nos últimos dois anos”, diz o economista.
Já o estoque (unidades lançadas e não comercializadas) ficou em 19.630 unidades em agosto. Segundo Petrucci, o pico de estoque foi de 27 mil unidades e o nível atual não preocupa, já que a tendência é de baixa.