Nathalia Timberg vive Chopin
Nathalia Timberg escolheu Chopin para voltar aos palcos este ano. O fato, por si, já seria muito bom. Atriz do Teatro Brasileiro de Comédia, onde ingressou há 60 anos, não se deu por satisfeita. Juntaram-se a ela para a montagem de Chopin ou o tormento do ideal o diretor José Possi Neto e a pianista Clara Sverner, que a acompanha no palco. O texto traz recortes da vida do compositor polonês entremeados na sua música e nas frases, cartas e poemas de Musset, Liszt, Baudelai- re, Gérard de Nerval e SaintPol-Roux. Mas não perca tempo, a falta de teatro penaliza também uma de nossas grandes damas: são somente três apresentações no Sesc 24 de Maio, de 27 a 29 de outubro.
TODOS AO PORÃO!
Palco charmoso e velho conhecido, o porão do Centro Cultural São Paulo está com a reforma praticamente finalizada e deverá ser entregue em dezembro. Está, agora, na fase de acabamento. Viva!
ELA NÃO ME LARGA
É o que pensa diariamente a atriz Ester Laccava ( foto) sobre a velha sertaneja que encarna novamente a partir deste sábado, 14, quando volta ao cartaz com o monólogo A Árvore Seca, no anexo da Sala Adoniran Barbosa, do Centro Cultural São Paulo. Nesses seis anos, Ester viveu de tudo: apresentou a peça em teatros para 500 pessoas e para plateias minimalistas, de somente dez humanos, na casa de praia de um amigo. Passou ainda por Portugal e pela Alemanha, sem contar uma apresentação totalmente no escuro no teatro do Sesc Pinheiros por conta da tempestade que danificou a rede elétrica do bairro. Poderia ser pior? Talvez, mas sempre divertido. Imagine um inferninho que atende pelo doce, meigo e sugestivo nome de Show de Bola, em Passa Quatro (MG), com espelhos e barra de pole dance. Imaginou a cena? Sim, lá também. Agora, em São Paulo, fica até 5 de novembro.
CAPELOS TURBINADOS
Em dez dias, uma atriz e um ator usaram suas vivências profissionais como referência em trabalhos acadêmicos e receberam títulos de mestre e doutor da Escola de Comunicação e Artes da USP. A atriz Sabrina Greve fez sua dissertação de mestrado, intitulada O ator do teatro ao cinema: um estudo sobre apropriações, cruzando experiências de pesquisas teatrais e sua transposição ao cinema na Rússia (Konstantin Stanislavski), nos Estados Unidos (Actors Studio, com Elia Kazan e Lee Strasberg) e no Brasil, com Antunes Filho e seu CPT, na montagem de Prêt-à-Porter. Já Ivam Cabral, ator e diretor dos Satyros, levou à banca a experiência como diretor executivo da SP Escola de Teatro na tese de doutorado O Importante É ( Estar Pronto – Da gênese às dimensões políticas, pedagógicas e artísticas do projeto da SP Escola de Teatro. Ambos aprovados com louvor.