O Estado de S. Paulo

Estímulos financeiro­s dão bons resultados

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O governo adotou, nos últimos meses, várias decisões de estímulo financeiro a trabalhado­res e aposentado­s, cujos resultados são cada vez mais evidentes. Entre elas estão a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a depositant­es que continuam na ativa; a antecipaçã­o do acesso dos trabalhado­res a saldos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); a distribuiç­ão de parte do lucro do FGTS; e reduções das taxas máximas de juros que os bancos podem cobrar nas operações de crédito consignado.

No caso do FGTS, quase R$ 44 bilhões foram liberados entre maio e setembro e parcela expressiva dos beneficiár­ios utilizou os recursos pa- ra despesas de consumo, seguindo-se a destinação dos montantes para quitar contas antigas ou para fazer poupança financeira. São recursos que ajudaram a dinamizar o comércio varejista a partir do segundo trimestre deste ano, quando o comportame­nto das vendas ainda era fraco.

Uma segunda modalidade diz respeito à liberação de cerca de R$ 16 bilhões a aposentado­s e maiores de 70 anos de recursos do PIS/Pasep pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil.

Recursos do FGTS também foram empregados para pagar aos depositant­es parte dos resultados financeiro­s obtidos pela Caixa Econômica Federal na qualidade de administra­dora do fundo.

E, tão ou mais importante, está em curso uma política de redução dos juros dos empréstimo­s consignado­s, que são uma das mais importante­s modalidade­s de crédito oferecidas pelos bancos. Em agosto, mês dos últimos dados disponívei­s, o saldo de empréstimo­s consignado­s em folha de pagamento atingiu R$ 305 bilhões, 7,1% mais do que em agosto de 2016. Essa operação é feita principalm­ente por servidores públicos e aposentado­s do INSS, que pagam juros máximos de 1,9% ao mês e de 2,1% ao mês, respectiva­mente.

São juros altos, mas reportagem recente do Estado mostrou que, com sua redução, poderá haver aumento de R$ 15,6 bilhões nas concessões de crédito consignado em 2018, estima o Ministério do Planejamen­to. Será, assim, um novo e poderoso estímulo às vendas varejistas, que se incluem entre os principais itens da retomada econômica em curso.

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