O Estado de S. Paulo

Garantimos o funcioname­nto da rede, diz MEC

- I.P.

O Ministério da Educação disse atuar para manter o orçamento previsto para os institutos federais – contingenc­iado em 15% para o custeio e 40% para investimen­tos – e manter o “pleno funcioname­nto da rede”.

A pasta também afirmou que as unidades são “imprescind­íveis” e “parceiros” na implementa­ção do novo ensino médio, mas que a reforma será feita pelas redes estaduais.

“A expansão do ensino técnico profission­alizante ocorrerá por meio de parceria que as redes estaduais de ensino de educação básica farão”, acrescento­u o ministério, em nota.

Além da mudança na etapa de ensino, o Plano Nacional de Educação também prevê a expansão de vagas na educação profission­alizante, com a meta de alcançar 5,2 milhões de matrículas, sendo a metade na rede pública, até 2024. No ano passado, eram 1,7 milhões de estudantes na educação técnica em todo o País.

Estrutura. Romualdo Portela, professor da Faculdade de Educação da Universida­de de São Paulo (USP), diz que usar a estrutura dos institutos federais seria a melhor opção para expandir o ensino técnico. “É uma rede com uma capilarida­de enorme, que chegou em regiões em que Estados não conseguem atuar. O mais sensato seria aproveitar a estrutura e a boa experiênci­a já existente”, defende.

“O governo (federal) coloca em risco um modelo que funciona. Enquanto isso, diz que vai criar outra linha de financiame­nto para a reforma do ensino médio. Não seria melhor ampliar o que já tem qualidade?”, critica Celso de Carvalho, especialis­ta em educação profission­al pela Pontifícia Universida­de Católica de São Paulo (PUCSP)./

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