O Estado de S. Paulo

SEGURO sem segredo

Fizemos um completo raio X do mercado que ajudará você a contratar o melhor tipo de apólice para o seu veículo

- Hairton Ponciano hairton.ponciano@estadao.com

Amaior parte da frota brasileira não tem seguro. Os números variam conforme a fonte, mas, na média, 70% dos veículos circulam sem cobertura, de acordo com a Confederaç­ão Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSEG). Isso significa que, em caso de acidente, não haverá ressarcime­nto para danos materiais (reparo dos carros envolvidos) e as despesas hospitalar­es (em caso de ferimentos nos ocupantes ou outras pessoas) serão limitadas pelo valor do seguro obrigatóri­o DPVAT. Estão nessa situação cerca de 31 milhões de veículos, espalhados pelo território nacional. A principal razão da baixa adesão é o preço.

A maior diferença em relação a países desenvolvi­dos é que em muitos deles o seguro de responsabi­lidade civil, conhecido pela sigla RC (contra terceiros), é obrigatóri­o – algo que ocorre, por exemplo, na Comunidade Europeia.

De acordo com estimativa­s do vice-presidente de seguros da SulAmérica, Eduardo Dal Ri, no Brasil cerca de 90% dos veículos novos saem da concession­ária com seguro, mas essa proporção vai caindo à medida que o carro envelhece. “Para veículos com dez anos ou mais, a frota segurada fica entre 10% e 15%”, avalia.

ATRATIVOS

Para atrair quem dirige sem cobertura, as seguradora­s têm investido em algumas modalidade­s, caso de maior flexibiliz­ação nos itens cobertos (permitindo ao cliente escolher as coberturas que lhe interessam) e no chamado “seguro popular”.

De acordo informaçõe­s da Azul Seguros, o seguro popular, que estreou em São Paulo no fim de 2016, é cerca de 30% mais barato que o tradiciona­l. A contrapart­ida é que as peças empregadas no conserto são usadas ou novas não originais. A exceção fica para reparos em componente­s que envolvam segurança (freios, suspensão, amortecedo­res e pneus). Nesse caso, os componente­s são sempre novos e originais.

TECNOLOGIA

A tecnologia também tem ajudado tanto o segurado quanto o corretor. Durante o 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado na semana passada, em Goiânia, Eduardo Dal Ri ressaltou que atualmente o cliente pode solicitar assistênci­a sem fazer nenhuma ligação. “Por meio do aplicativo no smartphone, ele pode acompanhar o trajeto do guincho, o andamento do reparo e a vigência da apólice, entre outros serviços.”

Ainda de acordo com o executivo, a própria apólice “100% digital” também aumenta a confiança dos clientes. Isso porque ele recebe o documento logo após a contrataçã­o.

DPVAT

O único seguro que todo veículo é obrigado a ter é o para Danos Pessoais Causados por Veículos Automotore­s de Via Terrestre. O DPVAT serve para indenizar pessoas vítimas de algum tipo de incidente envolvendo veículo, que tenha causado morte, invalidez ou gerado despesas médico-hospitalar­es.

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CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO

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