Problemas no motor
Meu Fluence 2012 sofreu mais de 20 intervenções na concessionária Grand Brasil em quatro anos, devido a problemas na parte mecânica, elétrica, acabamento interno e pintura. Pedi a troca do veículo, sem sucesso, e a extensão da garantia, que também foi negada. Em abril deste ano, o motor começou a falhar. A autorizada Armando Veículos apresentou orçamento de R$ 2.500 para limpeza dos bicos injetores e troca do óleo da transmissão. Com medo de que meu veículo fosse sabotado, paguei pelo serviço, mesmo sabendo que a limpeza dos bicos era desnecessária. Em maio, o carro voltou a falhar. Na Sinal, trocaram as velas e a bobina de ignição. Após 60 dias, as fa- lhas reapareceram. Desta vez, pediram R$ 3.400 apenas para abrir o motor e verificar a origem do problema, fora as peças que teriam de ser trocadas. Recusei-me a arcar com esse custo. O motor de um carro que custou R$ 100 mil, rodou apenas 78.800 km, sempre foi abastecido com gasolina aditivada e fez todas as trocas de óleo tem vida útil de pelo menos 250 mil km. É um absurdo empurrar o custo do reparo para o dono do veículo. A Renault informa que a proteção de fábrica expirou, mas quero um conserto sem ônus, com base na garantia legal. Euclides Gois Oliveira, CAPITAL
Renault responde: o veículo está fora da garantia e infelizmente não temos como auxiliar o leitor no custo da reparação.
O leitor espera que a divulgação do caso leve a marca a arcar com o reparo. Ele diz que, se não for atendido, irá à Justiça.
Advogado: antes de ser obrigada a trocar o veículo defeituoso, a empresa tem o direito de repará-lo em até 30 dias. Mas um carro que apresenta tantos problemas a ponto de seu uso pleno ser impossível deve ser substituído. O surgimento de problemas no motor, componente essencial, também endossa a conclusão de troca. Além disso, o fim da garantia contratual não afasta a responsabilidade da fabricante pelo reparo em componentes que ainda estejam dentro de sua vida útil.