Discussões à vista
Novos rumos da carreira estão diretamente ligados aos debates sobre tecnologias que devem tomar conta do cenário nacional e internacional
Direito sempre foi uma das carreiras mais tradicionais e, em tempos de Lava Jato, ela aparece ainda mais em evidência. O curso que forma advogados, juíz es , pr o motores e muitas outras funções primordiais para a vida em sociedade passa por um momento de mudança. Discussões envolvendo tecnologia, biodireito, direito digital e toda a área envolvendo o combate à corrupção e a prevenção de crimes econômicos estão na ponta de lança dos cursos mais modernos que hoje estão disponíveis no Brasil.
“Sem perder o viés da tradição, a gente acha que o pragmatismo está tomando conta. Eu tenho que preparar o meu aluno para o que está lá fora”, diz o coordenador do curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Carlos Eduardo Camillo. “O aluno precisa ter uma formação humanística junto de um conhecimento pragmático. Temos que dar esse diferencial. Esse espírito de inovação me parece fundamental”, afirma Camillo.
Os desafios da profissão extrapolam o ambiente universitário e chegam ao mercado de trabalho – no momento de crise econômica, atingem dois setores importantes para os formados em Direito no Brasil: os concursos públicos e a área relacionada ao Direito Empresarial, que sofre com o menor número de transações. Mesmo assim, o surgimento de novos mercados deve equilibrar a empregabilidade, segundo o coordenador do Mackenzie. “O Direito sempre tem muito público pelo leque de opções que ele oferece: academia, advogado, concurso. Tem gente que desde pequeno tem aquele sonho em seguir a carreira de Direito. Você não se vê sem caminho depois da faculdade”, diz Tais Jorge, aluna do 5.º período do curso de Direito do Ibmec.
A dica dela para que a faculdade seja aproveitada é justamente expandir os horizontes. “O aluno tem de saber que vai ter muitos desafios. Ele tem de procurar tirar as dúvidas, entrar em projetos, estágios. Aí vai saber o melhor caminho para traçar”, aconselha.