Hora de empreender
Com o setor de construção em baixa, a carreira mostra versatilidade ao oferecer opções, antes periféricas, ligadas a empreendedorismo e inovação
Na crise, é hora de uma das mais tradicionais carreiras abrir os horizontes para novas oportunidades. A tarefa do engenheiro civil para os próximos anos, então, vai além de ser um dos principais responsáveis por erguer edificações em segurança.
O momento que a profissão vive no Brasil exige um olhar mais atencioso para ramos como inovação e empreendedorismo.
Quem explica os rumos que a Engenharia
Civil deve tomar após as principais empresas do setor terem sido devastadas pelas denúncias de corrupção (em especial as investigadas na Operação Lava Jato) é o coordenador do curso na FEI, Kurt Amann. Responsável por uma das mais conceituadas graduações do País, ele avisa que quem estiver interessado em seguir a carreira deve avaliar as oportunidades que vão surgir no futuro.
“Se você tem o sonho de construir um prédio, tem de avaliar (se deve fazer
Emgenharia Civil). O mercado está em baixa agora, mas existem outras oportunidades”, explica Amann. “O Brasil tem uma necessidade de infraestrutura. Há diversos nichos de mercado e uma dessas perspectivas mais fortes (para a pro
fissão) é o empreendedorismo.” As oportunidades variadas atraem milhares de alunos todos os anos. Um deles foi Igor Valente Figueiredo. Aos 23 anos, está no 10.º semestre de Engenharia Civil na Universidade Paulista (Unip) e não teme ficar sem emprego após formado. “Muitos pensam que a carreira é apenas canteiro de obra, mas não. O campo da Engenharia abrange tantos projetos que as pessoas nem imaginam. Não temo ficar sem emprego.”
Para encarar o mercado de trabalho, a dica do estudante é aproveitar o que a faculdade proporciona desde o ciclo básico. Mesma linha de raciocínio segue o coordenador da FEI: “O curso se desenvolve além do conhecimento técnico. Ele também dá vazão à criatividade. Assim amplia o horizonte e a possibilidade de pesquisa. O que damos fora de sala de aula é tão importante quando o que damos dentro.”