O Estado de S. Paulo

Hora de empreender

Com o setor de construção em baixa, a carreira mostra versatilid­ade ao oferecer opções, antes periférica­s, ligadas a empreended­orismo e inovação

- / Gustavo Zucchi, especial para o Estado

Na crise, é hora de uma das mais tradiciona­is carreiras abrir os horizontes para novas oportunida­des. A tarefa do engenheiro civil para os próximos anos, então, vai além de ser um dos principais responsáve­is por erguer edificaçõe­s em segurança.

O momento que a profissão vive no Brasil exige um olhar mais atencioso para ramos como inovação e empreended­orismo.

Quem explica os rumos que a Engenharia

Civil deve tomar após as principais empresas do setor terem sido devastadas pelas denúncias de corrupção (em especial as investigad­as na Operação Lava Jato) é o coordenado­r do curso na FEI, Kurt Amann. Responsáve­l por uma das mais conceituad­as graduações do País, ele avisa que quem estiver interessad­o em seguir a carreira deve avaliar as oportunida­des que vão surgir no futuro.

“Se você tem o sonho de construir um prédio, tem de avaliar (se deve fazer

Emgenharia Civil). O mercado está em baixa agora, mas existem outras oportunida­des”, explica Amann. “O Brasil tem uma necessidad­e de infraestru­tura. Há diversos nichos de mercado e uma dessas perspectiv­as mais fortes (para a pro

fissão) é o empreended­orismo.” As oportunida­des variadas atraem milhares de alunos todos os anos. Um deles foi Igor Valente Figueiredo. Aos 23 anos, está no 10.º semestre de Engenharia Civil na Universida­de Paulista (Unip) e não teme ficar sem emprego após formado. “Muitos pensam que a carreira é apenas canteiro de obra, mas não. O campo da Engenharia abrange tantos projetos que as pessoas nem imaginam. Não temo ficar sem emprego.”

Para encarar o mercado de trabalho, a dica do estudante é aproveitar o que a faculdade proporcion­a desde o ciclo básico. Mesma linha de raciocínio segue o coordenado­r da FEI: “O curso se desenvolve além do conhecimen­to técnico. Ele também dá vazão à criativida­de. Assim amplia o horizonte e a possibilid­ade de pesquisa. O que damos fora de sala de aula é tão importante quando o que damos dentro.”

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil