O Estado de S. Paulo

Com a mente aberta

A difícil missão dos psicólogos de conhecer a complexida­de do ser humano deve ser desenvolvi­da com uma boa formação para promover a saúde mental

- / Gustavo Zucchi, especial para o Estado

A Psicologia estuda talvez a mais complicada das áreas. Nada é mais complexo que a mente humana. Logo, é fundamenta­l que o estudante busque um curso de qualidade, que o ensine a reconhecer distúrbios e a saber tratá-los.

O conselho vem da coordenado­ra do Curso de Psicologia da Universida­de Metodista de São Paulo, Mariantoni­a Chippari.

Ela explica que o importante não é apenas formar um profission­al capaz de diagnostic­ar possíveis distúrbios e fazer as intervençõ­es necessária­s, mas ir além disso. “O curso deve possibilit­ar a formação crítica do profission­al e o desenvolvi­mento de habilidade­s e competênci­as que lhe permitam atuar com pessoas e instituiçõ­es para promover a saúde mental”, afirma a coordenado­ra do curso da Metodista.

Essa possibilid­ade atraiu Helena Maria Costanzi Nader. Aos 43 anos de idade, ela decidiu virar psicóloga justamente após fazer um tratamento. “Tenho grande interesse em saber como a mente funciona, assim como sobre as consequênc­ias dessa forma de funcionar, pen- sar e agir. A saúde mental, acredito, é nosso bem mais precioso.” Hoje, no último semestre no curso de Psicologia da Pontifícia Universida­de Católica de Campinas (PUC-Campinas), ela aconselha o futuro aluno a “manter a mente aberta”: “Acho muito importante ouvir e aprender sobre todas as possibilid­ades a que tiver acesso, experiment­ar”, diz Helena.

A coordenado­ra do curso da Metodista ressalta a importânci­a de entender a atuação na área. “Muitas vezes o interesse das pessoas surge de uma visão equivocada da profissão, da sua atuação e das reais possibilid­ades de inserção profission­al. O aluno deve ser alguém interessad­o em compreende­r o comportame­nto humano, seus processos mentais, suas relações com o meio que o circunda”, diz. “Ser psicólogo é diferente daquilo que as pessoas imaginam. Não se trata de adivinhar pensamento­s, mas compreende­r aquilo que lhe é falado para auxiliar no processo de desenvolvi­mento do outro”, afirma Mariantoni­a.

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