Com a mente aberta
A difícil missão dos psicólogos de conhecer a complexidade do ser humano deve ser desenvolvida com uma boa formação para promover a saúde mental
A Psicologia estuda talvez a mais complicada das áreas. Nada é mais complexo que a mente humana. Logo, é fundamental que o estudante busque um curso de qualidade, que o ensine a reconhecer distúrbios e a saber tratá-los.
O conselho vem da coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade Metodista de São Paulo, Mariantonia Chippari.
Ela explica que o importante não é apenas formar um profissional capaz de diagnosticar possíveis distúrbios e fazer as intervenções necessárias, mas ir além disso. “O curso deve possibilitar a formação crítica do profissional e o desenvolvimento de habilidades e competências que lhe permitam atuar com pessoas e instituições para promover a saúde mental”, afirma a coordenadora do curso da Metodista.
Essa possibilidade atraiu Helena Maria Costanzi Nader. Aos 43 anos de idade, ela decidiu virar psicóloga justamente após fazer um tratamento. “Tenho grande interesse em saber como a mente funciona, assim como sobre as consequências dessa forma de funcionar, pen- sar e agir. A saúde mental, acredito, é nosso bem mais precioso.” Hoje, no último semestre no curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), ela aconselha o futuro aluno a “manter a mente aberta”: “Acho muito importante ouvir e aprender sobre todas as possibilidades a que tiver acesso, experimentar”, diz Helena.
A coordenadora do curso da Metodista ressalta a importância de entender a atuação na área. “Muitas vezes o interesse das pessoas surge de uma visão equivocada da profissão, da sua atuação e das reais possibilidades de inserção profissional. O aluno deve ser alguém interessado em compreender o comportamento humano, seus processos mentais, suas relações com o meio que o circunda”, diz. “Ser psicólogo é diferente daquilo que as pessoas imaginam. Não se trata de adivinhar pensamentos, mas compreender aquilo que lhe é falado para auxiliar no processo de desenvolvimento do outro”, afirma Mariantonia.