Além da matemática
Ter uma boa noção de como funciona os números é fundamental, mas não é necessário ser um gênio nessa disciplina para se dar bem na carreira
Na crise, quem sabe poupar gastos leva sempre vantagem. O curso de Ciências Contábeis, portanto, forma um dos profissionais mais úteis para o mercado no momento de dificuldade econômica que o
Brasil vem passando.
O que pode confundir muita gente é que, apesar de ser uma carreira que utiliza muitos números, ela não é de
Exatas e sim de Humanas. A pouca intimidade com conceitos mais avançados de Matemática, portanto, não exclui ninguém dessa carreira.
Quem explica que a importância do cientista contábil vai além dos números é Ronaldo Fróes de Carvalho, próreitor de graduação e coordenador do curso de Ciências Contábeis na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Ronaldo Fróes. Segundo ele, claro que não é possível que o candidato tenha uma aversão aos números, mas também não é necessário que seja um “expert” em Matemática.
“A nossa área acaba perdendo muitos alunos por causa disso”, explica Fróes. “O que a gente usa são as quatro operações básicas da Matemática e o conteúdo que vamos aprender ao longo do curso, como Estatística e Contabilidade”, afirma o coordenador do curso da Fecap.
Mais do que ser um gênio da Matemática, o contador tem um desafio a enfrentar na profissão que está muito mais relacionado a conhecer a legislação e os impostos e também a conciliar as responsabilidades fiscais de uma empresa com os gastos e com o lucro dela. Essa possibilidade cativou Iara Oliveira Marcelino, aluna do 8.º semestre de Ciências Contábeis da Universidade Nove de Julho (Uninove).
“Posso cuidar de uma empresa, como um médico que faz o diagnóstico e cuida de seus pacientes. Eu acredito que um contador é como um médico que cuida da saúde financeira das empresas”, brinca Iara. “O contador sabe como encontrar formas concretas de reduzir gastos e pode ajudar as empresas a enfrentar estes tempos de crise”, diz a estudante da Uninove.