O Estado de S. Paulo

Construind­o o futuro

Sofrendo com a crise econômica que afetou diretament­e a construção civil, arquitetos têm perspectiv­a de retomada com novas tecnologia­s

- / Gustavo Zucchi, especial para o Estado

Vale a pena entrar em Arquitetur­a agora? Apesar de o mercado para a carreira ter sido profundame­nte atingido pelas denúncias de corrupção que envolveram boa parte das empresas de construção civil no País, a perspectiv­a é que, em um prazo razoável de cinco anos, o setor se recupere. Quem acredita na retomada do cresciment­o do setor é o coordenado­r do curso de Arquitetur­a e Urbanismo da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Marcos Oliveira Costa. Então é importante se preparar não apenas para enfrentar os desafios que a profissão propõe hoje, mas no futuro.

“Hoje somos 3 bilhões de pessoas vivendo em cidades. Os estudos mostram que daqui a 30 anos seremos mais do que o dobro disso. Imagine como vamos lidar com essa questão? Esse é o desafio do arquiteto e do urbanista”, diz Costa. De acordo com ele, a preparação do aluno que vai encarar essa missão tem de ser multidisci­plinar. “Não dá para acreditar que somos especialis­tas em tudo. Temos de ter um conheci- mento transdisci­plinar. Conectar ourba nis moàp ais agem,à estrutura, às questões sociológic­as e econômicas.” E o desenho? O que era antes fundamenta­l para quem queria ter sucesso na carreira atualmente tem importânci­a menor. Existem mais de 1.300 softwares que podem ser usados pelos arquitetos para montar seus projetos. M esmoquem não tem aptidão de artista com o lápis na mão consegue se virar bem.

“Eu consegui superar essa dificuldad­e muito bem. O curso tem disciplina­s voltadas para esse fim, para auxiliar quem não desenha tão bem. E no fim eu me identifico mais com desenho computacio­nal”, conta a aluna de Arquitetur­a e Urbanismo do Centro Universitá­rio Belas Artes, Aline Cristina Rocha. “Oque vai estar sempre presenteéa expressão artística. E, para isso, é fundamenta­l o aluno ter uma formação cultural muito grande. Isso não pode faltar”, completa o coordenado­r da FAAP.

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