Construindo o futuro
Sofrendo com a crise econômica que afetou diretamente a construção civil, arquitetos têm perspectiva de retomada com novas tecnologias
Vale a pena entrar em Arquitetura agora? Apesar de o mercado para a carreira ter sido profundamente atingido pelas denúncias de corrupção que envolveram boa parte das empresas de construção civil no País, a perspectiva é que, em um prazo razoável de cinco anos, o setor se recupere. Quem acredita na retomada do crescimento do setor é o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Marcos Oliveira Costa. Então é importante se preparar não apenas para enfrentar os desafios que a profissão propõe hoje, mas no futuro.
“Hoje somos 3 bilhões de pessoas vivendo em cidades. Os estudos mostram que daqui a 30 anos seremos mais do que o dobro disso. Imagine como vamos lidar com essa questão? Esse é o desafio do arquiteto e do urbanista”, diz Costa. De acordo com ele, a preparação do aluno que vai encarar essa missão tem de ser multidisciplinar. “Não dá para acreditar que somos especialistas em tudo. Temos de ter um conheci- mento transdisciplinar. Conectar ourba nis moàp ais agem,à estrutura, às questões sociológicas e econômicas.” E o desenho? O que era antes fundamental para quem queria ter sucesso na carreira atualmente tem importância menor. Existem mais de 1.300 softwares que podem ser usados pelos arquitetos para montar seus projetos. M esmoquem não tem aptidão de artista com o lápis na mão consegue se virar bem.
“Eu consegui superar essa dificuldade muito bem. O curso tem disciplinas voltadas para esse fim, para auxiliar quem não desenha tão bem. E no fim eu me identifico mais com desenho computacional”, conta a aluna de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes, Aline Cristina Rocha. “Oque vai estar sempre presenteéa expressão artística. E, para isso, é fundamental o aluno ter uma formação cultural muito grande. Isso não pode faltar”, completa o coordenador da FAAP.