O Estado de S. Paulo

Questão de vocação

Profissão, mesmo tendo dificuldad­es na remuneraçã­o, atrai pela possibilid­ade de trabalhar com crianças e boa empregabil­idade, segundo especialis­ta

- / Gustavo Zucchi, especial para o Estado

Com todas as dificuldad­es que a carreira de professor enfrenta no Brasil, Pedagogia ainda é uma das profissões mais procuradas pelos estudantes. A missão de gerenciar e estudar a Educação e atuar como professor na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamenta­l atrai, segundo especialis­tas, tanto pela alta empregabil­idade, quanto por uma verdadeira vocação de trabalhar com os alunos.

“Com criança pequena não tem ensino a distância”, explica a coordenado­ra do curso de Pedagogia da Pontifícia Universida­de Católica de São Paulo (PUCSP), Neide Saisi. “Você vai ensinar os primeiros passos da vida, da ética. A presença do professor é requerida para tudo isso. Há um campo de trabalho muito grande aí fora. Todo ano se aposentam professore­s e as escolas precisam suprir essa demanda”, explica.

Mas não é pela exigência da presença física do professor que o curso de Pedagogia dispensa os mais recentes avanços tecnológic­os. Pelo contrário, fundamenta­l para um bom curso (em qual- quer área) é estar atualizado. Hoje os mais modernos currículos do País na área trabalham com novas pesquisas nesse campo. Especialme­nte para lidar com crianças com necessidad­es especiais.

“O que me atraiu no curso foi a possibilid­ade de conhecer a formação do ser humano nas primeiras fases da vida. Ajudar a criança a se entender independen­temente de qualquer dificuldad­e, incapacida­de ou deficiênci­a que ela possa ter”, conta Felipe Fernandes da Silva, estudante de Pedagogia da Faculdades Metropolit­anas Unidas (FMU).

“Acredito que grande parte das pessoas que procura o curso tem um motivo ideológico. A remuneraçã­o pode não ser uma das melhores coisas, mas é algo extremamen­te importante, de caráter social”, afirma o aluno, atualmente no 6.º semestre da graduação. “O estudante precisa ter o espírito, gostar de criança e entender que apenas gostar não basta”, completa Neide, coordenado­ra de Pedagogia na PUC-SP.

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