Um leque aberto
Abordando de tudo um pouco, o curso tem como objetivo dar ao aluno uma visão sistêmica das cadeias produtivas, o que pode ser uma vantagem no futuro
Que tal uma profissão em que você pode trabalhar praticamente em qualquer empresa? Enquanto muitos campos buscam profissionais cada vez mais especializados, a Engenharia de Produção vai no caminho oposto. O curso visa a ser o mais abrangente possível com um objetivo: ajudar o futuro engenheiro a compreender, projetar e gerir qualquer cadeia de produção, independente do que ela efetivamente produza. Isso abre o leque: é possível associar essa ideia a grande parte dos negócios existentes no mercado.
“Minha definição do engenheiro de produção é aquele que projeta e gerencia sistemas produtivos compostos de hardware, software e humans, ou seja, estrutura, procedimento e pessoas”, explica o coordenador do curso de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia, Antonio Cabral. “Isso dá ao curso uma visão sistêmica fantástica”, afirma Cabral.
Assim, engenheiros de produção são contratados nos mais variados tipos de empresa em diferentes funções. O pro- fissional pode ser tanto um gestor no chão da fábrica quanto um administrador em um banco, por exemplo. “Ele se adapta a qualquer coisa que você queira, por isso é uma profissão que cresce tanto”, afirma Cabral.
Essa abrangência atrai tanto quem não sabe exatamente o que quer fazer de graduação na faculdade, quanto pessoas com gostos variados. Esse é o caso de Ronison Costa, futuro engenheiro de produção pela Universidade São Judas Tadeu. “Eu gosto de Exatas, mas tem gente que faz (o curso) sem gostar porque o mercado está bom”, conta. “Eu vi o principal, que é um curso que está entre Engenharia e Economia. Das engenharias, é a mais ampla sem especificar nenhuma”, afirma o estudante da São Judas.
“Se pensarmos que em pouco tempo 30% das profissões que existem hoje vão desaparecer, é bom que você consiga se adaptar a qualquer sistema produtivo, será uma vantagem”, diz o coordenador do Instituto Mauá./