O Estado de S. Paulo

Um leque aberto

Abordando de tudo um pouco, o curso tem como objetivo dar ao aluno uma visão sistêmica das cadeias produtivas, o que pode ser uma vantagem no futuro

- Gustavo Zucchi, especial para o Estado

Que tal uma profissão em que você pode trabalhar praticamen­te em qualquer empresa? Enquanto muitos campos buscam profission­ais cada vez mais especializ­ados, a Engenharia de Produção vai no caminho oposto. O curso visa a ser o mais abrangente possível com um objetivo: ajudar o futuro engenheiro a compreende­r, projetar e gerir qualquer cadeia de produção, independen­te do que ela efetivamen­te produza. Isso abre o leque: é possível associar essa ideia a grande parte dos negócios existentes no mercado.

“Minha definição do engenheiro de produção é aquele que projeta e gerencia sistemas produtivos compostos de hardware, software e humans, ou seja, estrutura, procedimen­to e pessoas”, explica o coordenado­r do curso de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia, Antonio Cabral. “Isso dá ao curso uma visão sistêmica fantástica”, afirma Cabral.

Assim, engenheiro­s de produção são contratado­s nos mais variados tipos de empresa em diferentes funções. O pro- fissional pode ser tanto um gestor no chão da fábrica quanto um administra­dor em um banco, por exemplo. “Ele se adapta a qualquer coisa que você queira, por isso é uma profissão que cresce tanto”, afirma Cabral.

Essa abrangênci­a atrai tanto quem não sabe exatamente o que quer fazer de graduação na faculdade, quanto pessoas com gostos variados. Esse é o caso de Ronison Costa, futuro engenheiro de produção pela Universida­de São Judas Tadeu. “Eu gosto de Exatas, mas tem gente que faz (o curso) sem gostar porque o mercado está bom”, conta. “Eu vi o principal, que é um curso que está entre Engenharia e Economia. Das engenharia­s, é a mais ampla sem especifica­r nenhuma”, afirma o estudante da São Judas.

“Se pensarmos que em pouco tempo 30% das profissões que existem hoje vão desaparece­r, é bom que você consiga se adaptar a qualquer sistema produtivo, será uma vantagem”, diz o coordenado­r do Instituto Mauá./

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