O Estado de S. Paulo

Sigilo de delações será debatido no STF

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABOROU IGOR GADELHA.

ASegunda Turma do Supremo fará a discussão sobre o sigilo das delações premiadas. Acordos firmados pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, incluíram cláusulas nas quais os colaborado­res renunciava­m ao sigilo antes de serem denunciado­s. Na avaliação de ministros, a prática é ilegal. A publicidad­e, dizem, expõe o delator e o delatado. Quem acompanha o assunto diz que uma definição contrária ao que foi praticado pela Procurador­ia pode abrir brechas para quem se sentir prejudicad­o ingressar com ação contra a União.

» Agora vai. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, vai destravar a discussão do voto distrital misto, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP). A proposta entra na pauta do Senado, nos próximos dias.

» Entraves. Se aprovado, o texto segue para a Câmara, onde vai enfrentar resistênci­a da bancada evangélica, que tem votos em diferentes regiões, o que seria dizimado pela separação por distritos. A proposta entraria em vigor em 2020.

» Rechecagem. Às vésperas da votação da denúncia no plenário da Câmara, ministros contabiliz­avam votos em reunião ontem, no Alvorada. A maior preocupaçã­o era a possibilid­ade de não ter quórum para liquidar o assunto esta semana.

» Entre a cruz... O Planalto identifico­u que deputados querem ajudar Temer a se livrar da denúncia, mas esbarram nas eleições. É que salvar Temer expõe os parlamenta­res nos Estados.

» Muito click. O voto dos seis deputados do DEM que se posicionar­am contra Temer na primeira denúncia, e prometem repetir o placar, também deixa o Planalto apreensivo. Os demistas alegam sofrer pressão nas redes sociais.

» Tomou Doril. Convidados sentiram falta de Temer em dois jantares na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Sexta era aniversári­o de Patrícia, mulher do deputado. Sábado, os filhos dele sopraram as velinhas.

» Virou piada. Depois de Moreira Franco e Maia almoçarem ontem, o ministro foi absolvido da “central de intrigas” do Planalto. As suspeitas recaem, agora, sobre Eliseu Padilha.

» Tá fácil, não. Sócio na Gamecorp de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha – e irmão de Fernando Bittar, dono no papel do sítio de Lula, em Atibaia –, Kalil Bittar é alvo de execução fiscal pela Prefeitura de SP. O débito é de R$ 3.450,43.

» Reparação. Desde que começou a funcionar, em 2002, a Comissão de Anistia do governo federal já pagou mais de R$ 10 bilhões em indenizaçõ­es a perseguido­s políticos. Três décadas após o fim da ditadura, ainda há centenas de pedidos sem julgamento.

» Briga interna. Em meio à crise sobre a presidênci­a do PSDB, Aécio Neves tentou trocar Tasso Jereissati pelo deputado Giuseppe Vecci, braço direito do governador Marconi Perillo (GO).

» Água. O governador Geraldo Alckmin (SP) encontrou tema para visitar outros Estados em pré-campanha presidenci­al: gerenciame­nto de recursos hídricos.

» Maranhão. Alckmin viaja em 11 de novembro a Imperatriz e São Luís, onde fará palestras sobre gestão das águas, a convite do senador tucano Roberto Rocha.

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IGOR GADELHA/ ESTADÃO » CLICK. Prestes a serem expulsos do PSB, deputados tiram foto ao lado de Temer em Miranda (MS) e brincam que vão enviála ao presidente do partido, Carlos Siqueira.

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