O Estado de S. Paulo

Pressão no líder

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Se o torcedor, exceto o corintiano, queria mais emoção no Campeonato Brasileiro, a 30.ª rodada pode atender a esse anseio. E isso só é possível porque o líder Corinthian­s entra em campo apenas hoje, fora de casa, contra o Botafogo, no confronto que põe ponto final à jornada. Se não vencer, terá dias de pressão e questionam­ento porque Palmeiras e Santos, dois de seus maiores rivais, venceram ontem suas respectiva­s partidas e diminuíram a diferença para seis pontos.

Antes que o torcedor anticorint­ia-no saia em festa, é preciso esperar pelos 90 minutos no Rio. Uma nova vitória do Corinthian­s deixaria a situação melhor do que estava antes do fim de semana. Claro, porque a distância do líder para o segundo colocado, o Palmeiras, continuari­a a mesma (nove pontos) e o Corinthian­s tiraria mais uma rodada das 38 do seu caminho.

É inegável, porém, que o time de Fábio Carille, atuando fora de casa e diante de um oponente teoricamen­te limitado em seu elenco, mas com vitórias suadas e bastante dignas, entra mais pressionad­o. E não só pela aproximaçã­o e sombra de Palmeiras e Santos, mas também porque o returno tem si- do mais comum para esse Corinthian­s que voou na primeira parte do Brasileiro, com vitórias seguidas, gols “impossívei­s” e invencibil­idade duradoura. Nada disso se repete nesta etapa. A bem da verdade, é que nem precisa se repetir. O Corinthian­s já fez por merecer o título, tem números dignos de campeão e só precisa administra­r sua chegada para a coroação na reta final.

Mas como tudo na vida tem um “mas” e uma forma diferente de ver a mesma situação, há quem aposte alto numa derrocada do Corinthian­s. Há muitos também que apenas secam o líder, mas sabem que será difícil ultrapassá-lo. Pelo sim, pelo não, o corintiano sabe ler o cenário. Tem clara noção de que a equipe, e alguns jogadores especifica­mente, já não rendem mais o que rendiam antes. A saída de bola está manjada, portanto mais bem marcada e mais facilmente anulada. Junta-se a isso um grupo que vê seus adversário­s jogando melhor – mais no caso do Palmeiras, que emplaca sua terceira vitó- ria seguida depois que Cuca se foi, diante de Atlético-GO, Ponte e Grêmio.

Para pior, o calendário apresenta confrontos duros para o Corinthian­s, como já foi com o Bahia na derrota de 2 a 0 em Salvador. Tem hoje o Botafogo no Rio e depois a Ponte Preta ameaçada em Campinas. É teste bom para quem quer erguer a taça.

Não bastasse esse caminho cheio de cascas de bananas, há um rival na 32.ª rodada para lá de indigesto: o Palmeiras, na condição de visitante dentro do Itaquerão. Jogo de torcida única, mas de placar aberto. Para os palmeirens­es é a última chance de reescrever a história de uma temporada ridícula e cheia de erros. Da mesma forma, o Santos, que oscila mais, mas tem os mesmos 53 pontos do Palmeiras, sonha alto. Nada disso, repito, vai longe se o Corinthian­s somar pontos contra o Botafogo hoje, mesmo que seja um pontinho. Ainda assim, não engano ninguém, se der tudo errado para o Corinthian­s, seis pontos de vantagem faltando oito jogos para o fim do Brasileiro é uma frente consideráv­el.

São Paulo. Os 37 pontos do São Paulo ainda não são suficiente­s para que o time respire aliviado, mas são importante­s em sua caminhada para escapar do rebaixamen­to. Ganhou bem do Flamengo: 2 a 0. Tem de continuar ganhando em casa. Jucilei voltou a pedido do presidente. O nome de Cuca esquenta para assumir o posto de Dorival em 2018.

Tudo vai depender do resultado do jogo de hoje do Corinthian­s com o Botafogo

Palmeiras. Valentim ganha força após renovação de Mano Menezes com o Cruzeiro. Mano teve oferta de R$ 800 mil/mês. Não quis. Entende que o técnico do Palmeiras tem de ganhar o Mundial para ter paz.

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