O Estado de S. Paulo

Jacto expande operações com fábrica na Argentina

- COM TÂNIA RABELLO

Afabricant­e de máquinas agrícolas Jacto vai inaugurar em fevereiro de 2018, na Argentina, sua primeira fábrica de pulverizad­ores na América do Sul fora do Brasil. A empresa, com matriz no município paulista de Pompeia, faturou R$ 750 milhões no ano passado. Na unidade de 3.600 metros quadrados que será instalada em Arrecifes, província de Buenos Aires, serão fabricados quatro modelos de pulverizad­ores automotriz­es. Linhas de financiame­nto ofertadas pelo governo para produtos com conteúdo local estimulara­m o investimen­to, que não foi divulgado. O mercado argentino é o segundo maior da empresa na América Latina, atrás apenas do brasileiro, conta à coluna o diretor de Relações Institucio­nais da Jacto, Pedro Bastos. A Facto tem operações também na Tailândia.

» Nos trilhos. A Ferroeste deve definir esta semana a data de lançamento do Procedimen­to de Manifestaç­ão de Interesse para a expansão da linha férrea que ligará Dourados (MS) ao Porto de Paranaguá (PR), de mil quilômetro­s. “Vamos reunir políticos e empresário­s para debater a questão em Curitiba ou em São Paulo”, diz o presidente da Ferroeste, João Bresolin Araujo.

» Concorrida. A partir do lançamento, grupos nacionais e estrangeir­os terão 60 dias para manifestar interesse em desenvolve­r estudos técnicos e de viabilidad­e econômica e financeira da ferrovia. A fase de consultas públicas terminou na semana passada. Entre os participan­tes estavam empresas como a alemã Siemens.

» Pressão. Estados agrícolas se organizam para cobrar do governo federal mais recursos para o seguro rural. O Projeto de Lei Orçamentár­ia para 2018 prevê apenas R$ 260 milhões para a subvenção ao prêmio do seguro, ante R$ 400 milhões deste ano. “Estamos preocupado­s”, diz o secretário de Agricultur­a paulista, Arnaldo Jardim. Estima-se que enquanto no Brasil 20% da produção seja segurada, nos Estados Unidos o porcentual alcance 90%. O Conselho Nacional dos Secretário­s de Estado da Agricultur­a discutirá o tema nesta quarta-feira.

» Paixão. Com mais de 40 safras de cana-de-açúcar no currículo, o presidente do Conselho de Administra­ção da Usina São Martinho, João Ometto, desconvers­a ao ser indagado se a companhia projeta investimen­to em etanol de milho. “Tem sempre um pessoal na usina estudando (as possibilid­ades). Somos grandes plantadore­s de cana, especializ­ados nisso.” A São Martinho adquiriu da Petrobrás este ano os 49% restantes da Usina Boa Vista, em Quirinópol­is (GO), grande município produtor de... milho.

» Nem vem. Sobre as recentes barreiras impostas pelo Brasil à importação do etanol de milho dos EUA, Ometto aprova a cota de 600 milhões de litros ao ano livres de taxas. “O Brasil não pode ficar importando etanol de milho enquanto a nossa cana fica em pé.” » Porta de entrada. A VLI deve começar a operar em novembro berço de importação de fertilizan­tes no Porto de Santos. A obra faz parte da ampliação do Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita, administra­do por VLI e Vale Fertilizan­tes, que consumiu R$ 2,7 bilhões. O berço, que será acessado apenas por trem, poderá movimentar 5 milhões de toneladas/ano de fertilizan­tes, enxofre e outros produtos agrícolas.

» Francês na área. O Grupo Guerra, de Pato Branco (PR), e a francesa RAGT anunciam nesta quintafeir­a a formação de joint venture para instalar dois grandes centros de pesquisa de sementes de milho e trigo no Paraná e em Goiás. A ideia é investir no desenvolvi­mento de produtos para os mercados brasileiro e paraguaio. A RAGT está presente em 17 países e lidera o mercado europeu de sementes de milho e trigo.

» Quem quer? Mesmo com o interesse da JBS em vender a unidade da Seara em Morro Grande (SC), está difícil achar comprador. O frigorífic­o fecha no fim do mês. O assunto mobiliza a sociedade catarinens­e, pois a indústria emprega mais de 500 pessoas no município, de menos de 3 mil habitantes.

No Brasil

A Yara vendeu 15% mais adubos especiais no 3º trimestre, o que compensou a queda de 13% nos convencion­ais. “É o mesmo agricultor optando por mudar de tecnologia”, diz o vice-presidente de Nutrição de Plantas, Cleiton Vargas.

» Na expectativ­a. Tradings e empresas de logística aguardam o término da pavimentaç­ão do trecho de 60 quilômetro­s da BR-163 entre Novo Progresso e Morais Almeida (PA) para ampliar investimen­tos em terminais portuários e barcaças no Norte, diz o gerente de Economia da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel Furlan Amaral. O Exército assumiu a obra em agosto e promete entregá-la para a safra 2018/19.

» Limite. O maior escoamento de grãos por portos do Norte depende das condições de tráfego da estrada. No período de chuvas caminhões ficam atolados em trechos sem pavimento. Amaral diz que o porto de Itacoatiar­a (AM) deve alcançar a capacidade máxima até 2018. O de Santarém (PA) já atingiu esse limite.

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DIRCEU PORTUGAL/ESTADÃO-1º/2/2005 No vizinho. Investimen­to visa segundo maior mercado da América Latina

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