O Estado de S. Paulo

Concession­ária busca nova área para sistema de segurança

- / A.B.

A concession­ária IE Madeira, controlada pela empresa ISA Cteep, está em busca de outra área em Porto Velho para construir seu novo eletrodo de terra. A estimativa é de que a construção do novo aterrament­o vai custar entre R$ 45 milhões e R$ 60 milhões. O tempo de obra leva cerca de seis meses, mas é preciso incluir nesse cronograma etapas como desapropri­ação, aquisição da terra, licenciame­nto ambiental e testes.

Seis áreas já estão sendo estudadas para receber a nova estru- tura. O objetivo é que o terreno, que tem a dimensão aproximada de um campo de futebol, fique fora da “mesa” de granito que, conforme se descobriu depois dos problemas ocorridos com o eletrodo, está presente em boa parte do subsolo de Porto Velho.

Uma empresa de geologia foi contratada para encontrar o melhor local e, segundo o diretor técnico da IE Madeira, Jairo Ka- life, a empresa está em busca de alguma falha geológica no solo, onde o granito esteja quebrado.

“Foi uma surpresa e tanto. Essa mesa de granito está a alguns quilômetro­s de profundida­de. É uma composição rochosa enorme. Prospectam­os toda a região e constatamo­s que 90% da área em volta de Porto Velho é imprópria para essas estruturas”, disse. “Só descobrimo­s essa fragilidad­e agora, quando fo- mos fazer os testes com toda a potência das usinas.”

A companhia nega qualquer responsabi­lidade sobre as restrições de transmissã­o determinad­as pelo ONS. Apesar dos problemas com o eletrodo, Kalife disse que as limitações para a geração das duas usinas não têm nenhuma relação com a questão no aterrament­o, mas sim com outras estruturas do sistema que ainda não foram concluídas em Araraquara, além de critérios de segurança impostos pelo Operador.

“Nossos bipolos podem transmitir toda a energia, sem falhas. Existem outras limitações em Araraquara que fazem com que o ONS não queira assumir riscos maiores”, disse Kalife, destacando que o linhão já chegou a operar em março a plena carga, mesmo após o ONS ter identifica­do a falha na estrutura.

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