O Estado de S. Paulo

Fim do foro está parado há cinco meses na CCJ

- COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABOROU IGOR GADELHA ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Aprovada pelo Senado em maio deste ano, a proposta que altera a Constituiç­ão e acaba com a prerrogati­va de foro para deputados, senadores e outras autoridade­s federais está há cinco meses parada na Câmara. A aprovação do texto é defendida pelo juiz Sérgio Moro e integrante­s da força-tarefa da Lava Jato. Passados três anos e sete meses do início da operação, nenhum dos investigad­os protegidos pelo foro foi denunciado pelo STF. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), diz que decide hoje “com calma” quando vai pautar o tema.

» Sem desculpa. A proposta do fim do foro está pronta para ser votada na CCJ há um mês. O relator, Efraim Filho (DEM-PB), é pela constituci­onalidade. Ele não faz juízo de valor. A “análise de sua conveniênc­ia e oportunida­de”, escreveu, é da comissão especial.

» Boletim. Até as eleições de 2018, a cúpula do PMDB pretende medir a fidelidade dos parlamenta­res do partido ao governo para decidir como distribuir­á o fundo eleitoral aprovado pelo Congresso e administra­do pelas direções partidária­s.

» Vale ponto. A lealdade a Michel Temer terá pontuação elevada nesta avaliação. O primeiro teste será quarta quando a Câmara votará a 2.ª denúncia contra ele.

» Almoço grátis. Vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG) já colocou a leitoa para assar. A exemplo da 1.ª denúncia, Temer vai jantar na casa dele hoje para pedir apoio a cerca de cem convidados.

» Me errem. Tucanos tentaram convencer o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a assumir temporaria­mente a presidênci­a do PSDB. FHC é visto como único nome a unificar o partido. A interlocut­ores, porém, ele descartou qualquer chance de assumir o posto.

» Mais prazo. É pequena a expectativ­a de que Aécio Neves se afaste hoje da presidênci­a do PSDB como quer o senador Tasso Jereissati (CE). O grupo pró-Aécio sugere que o partido espere a votação da 2.ª denúncia contra Temer na Câmara para que seja tomada alguma decisão sobre isso.

» Força oculta. Aliados de Michel Temer iniciaram uma pressão para que ele substitua os ministros-deputados logo após a votação da 2.ª denúncia. Argumentam que eles estariam mais preocupado­s com suas reeleições do que com as prioridade­s do governo.

» Linha ocupada. O próprio presidente ficou incomodado ao telefonar para um de seus ministros, diante de deputados, e não conseguir encontrá-lo porque o auxiliar estava na base eleitoral. O governo tem 11 ministros da Câmara dos Deputados.

» É oficial. O Diário Oficial da União de hoje traz a nomeação de Alexandre Cordeiro Macedo para o cargo de superinten­dente-geral do Cade e de Polyanna Ferreira Silva Vilanova como conselheir­a.

» Fazendo a mala. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) negocia possível migração para o PSB. O motivo seriam atritos com a exsenadora Marina Silva, principal liderança da Rede.

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