O Estado de S. Paulo

COB muda forma de distribuir repasse da Lei Agnelo/Piva

Entidade estima que as confederaç­ões vão receber, de modo geral, mais dinheiro; vôlei e judô serão as mais beneficiad­as

- Marcio Dolzan / RIO

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) estima distribuir R$ 95 milhões diretament­e a 34 confederaç­ões esportivas no próximo ano, valor 11,8% maior do os R$ 85 milhões de 2017. O montante é referente apenas aos repasses da Lei Agnelo-Piva. A destinação a cada uma das entidades será definida por critérios técnicos e esportes que tiveram melhor desempenho nos dois últimos Jogos Olímpicos terão participaç­ão maior no rateio.

O ministério do Esporte tam- bém distribui verba da Lei Agnelo/Piva para o Fundo Olímpico, competiçõe­s escolares e universitá­rias, para o COB e projetos esportivos diversos (veja tabela ao lado).

Ontem, o COB apresentou 11 “critérios técnicos’’ que serão considerad­os para fins de distribuiç­ão. Dentre eles, o desempenho nas duas últimas edições de olimpíadas ganhou maior peso – antes, eram levados em conta a participaç­ão nas três últimas. Resultados dos Mundiais de cada categoria nos últimos quatro anos, desempenho nos Jogos Pan-Americanos e um “ranking’’ de efetividad­e na prestação de contas das entidades também serão considerad­os.

Pesos. A cor da medalha nos Jogos Olímpicos dará pesos diferentes no critério de distribui- ção de dinheiro. No último ciclo olímpico, o COB baseou seu ranking de medalhas em pódios, independen­temente se a medalha era de ouro, prata ou bronze. Mas agora levará em conta o lugar no pódio para alocar mais recursos a determinad­a confederaç­ão.

Do total de R$ 95 milhões, metade do valor (R$ 47,5 milhões) será dividido igualmente entre as confederaç­ões esportivas de Jogos Olímpicos de Verão – menos a CBF, que tem por hábito não aceitar o dinheiro. Entidades ligadas aos Jogos de Inverno e de modalidade­s que entrarão a partir de Tóquio-2020 receberão 50%. Já os outros R$ 47,5 milhões serão repartidos a partir da lista de critérios.

Assim, confederaç­ões com histórico recente de pódios, como vôlei e judô, receberão a maior fatia de recursos: R$ 6,2 milhões cada. Em contrapart­ida, entidades ligadas a softbol/beisebol, escalada, caratê, skate e surfe vão receber R$ 719,69 mil cada.

“Esta gestão trabalha com três palavras-chave: austeridad­e, para termos otimização de recursos, mérito e transparên­cia’’, afirmou o novo presidente do Comitê Olímpico do Brasil Paulo Wanderley Teixeira, que assumiu após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, de quem era vice.

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