O Estado de S. Paulo

Corinthian­s perde e vê título ameaçado

Técnico do Corinthian­s elogia desempenho do time depois da derrota para a Ponte e diz que ‘campeonato está aberto’

- Raphael Ramos

Em tarde sem criativida­de, o Corinthian­s perdeu ontem para a Ponte Preta, por 1 a 0, em Campinas, no quarto jogo consecutiv­o sem vitória no Campeonato Brasileiro. A distância para o segundo colocado, o Palmeiras, pode cair hoje para três pontos – o time pega o Cruzeiro em São Paulo. Líder e vicelíder se enfrentam no próximo domingo em Itaquera.

O Corinthian­s está em perigo. Com a derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta, ontem, em Campinas, o líder do Campeonato Brasileiro chegou ao quarto jogo consecutiv­o sem vitória. Estacionad­o nos 59 pontos, a distância para o Palmeiras pode cair para três – o arquirriva­l enfrenta o Cruzeiro hoje. No próximo domingo, Corinthian­s e Palmeiras se enfrentam em Itaquera e a liderança pode mudar de dono pela primeira vez desde a quinta rodada do Nacional.

“O campeonato está aberto, sempre esteve aberto. Sempre falei, nunca esteve decidido. Faltam sete rodadas, vai ser bastante emocionant­e”, disse o técnico Fábio Carille, após mais uma atuação ruim da equipe.

Uma reação ao tropeço em Campinas pôde ser vista ontem no Parque São Jorge. Os muros foram pichados com frases ameaçadora­s: “Acabou a paz!’’, “Ou joga por amor ou por ter-

ror’’ e “Vagabundos’’.

Com o time em má fase, o treinador reconhece que terá de trabalhar o lado psicológic­o do grupo para o time não chegar abatido no clássico de domingo. “O campeonato é assim, abrimos 14 pontos (11 na realidade) porque tivemos uma sequência de vitórias. É normal, com três vitórias você vai lá para cima. Procurei controlar o emocional para o jogo e agora vamos trabalhar muito nesta semana”, afirmou Carille. “Agora o clássico se torna mais do que decisivo.”

Mesmo diante do risco de perder a liderança para o maior rival, o treinador é taxativo ao afirmar que o Corinthian­s ainda merece ser campeão brasileiro. “Quem está lá na frente? Então merece. Não existem primeiro ou segundo turno, são 38 jogos. Quem for melhor nos 38 jogos é o campeão”, afirmou.

Ontem, o Corinthian­s voltou a sofrer com a falta de criativida­de e força de seus homens de frente. O treinador, porém, elogiou o desempenho da equipe. Na sua opinião, o time jogou melhor do que nas últimas partidas. “O que me deixa mais contente é que o rendimento do time foi bom. A gente lutou, tentamos, deixei a equipe mais ofensiva, mas, infelizmen­te, não fizemos o gol”, disse.

O Corinthian­s, de fato, foi superior no segundo tempo, quando a Ponte Preta abdicou do ataque para segurar a vantagem construída na etapa final após gol de cabeça de Lucca aos 39 minutos. O problema é que o time insistiu demais nas jogadas pelo alto e, para piorar, o goleiro Aranha estava em uma tarde inspirada e fez pelo menos três grandes intervençõ­es nos minutos finais. “Acertamos o gol várias vezes e o Aranha foi muito feliz”, lamentou Carille.

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ALEX SILVA/ESTADÃO Abatido. Jô após derrota; time ensaiou reação só no 2º tempo
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ALEX SILVA/ESTADÃO Tristeza. Rodriguinh­o lamenta chance de gol desperdiça­da

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