Juiz e ministro travam embate
Abril de 2017
Eike Batista
O ministro Gilmar Mendes, do STF, concede habeas corpus para libertar Eike Batista. O empresário havia sido preso em janeiro pela Polícia Federal na Operação Eficiência por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio.
Maio
Crítica
Bretas critica a decisão de Gilmar. “Nos crimes dessa natureza (corrupção) é importante a segregação dos envolvidos do meio social”, afirma o juiz.
Fiança
O magistrado responsável pela Operação Lava Jato no Rio impõe então uma fiança de R$ 52 milhões – a ser paga em cinco dias – como condição para Eike Batista não voltar a ser preso e continuar no regime domiciliar.
Agosto
‘Rei do ônibus’
Gilmar concede habeas corpus a Jacob Barata Filho, o “rei do ônibus”. No mesmo dia, Bretas determina nova prisão preventiva do empresário. No dia seguinte, novo habeas corpus é dado por Gilmar. “Isso é atípico. Em geral, o rabo não abana o cachorro, é o cachorro que abana o rabo”, diz o ministro.
Ato de desagravo
Após as declarações de Gilmar com críticas a Bretas, artistas como Caetano Veloso e Paula Burlamaqui (na foto), procuradores e juízes promovem um ato no Rio em apoio ao magistrado e cobram uma posição do Supremo sobre o ministro.
Outubro
Sérgio Cabral
Bretas determina a transferência do ex-governador para presídio federal. A defesa recorre ao STF e Gilmar suspende a remoção, sob a alegação de que não há nada “relevante” no fato de Cabral ter dito que familiares do juiz vendem bijuterias.