CSN diz que avalia vender ativos em 2018
A CSN, do empresário Benjamin Steinbruch, informou ontem que voltou a ter conversas com potenciais interessados pelos negócios não estratégicos do grupo, como parte do programa desinvestimentos da companhia.
Segundo Steinbruch, presi- dente da siderúrgica, a empresa vai esperar o momento certo para realizar as vendas de ativos, o que deve ocorrer em 2018.
A companhia chegou a receber propostas concretas por alguns de seus ativos, como o terminal Sepetiba Tecon, mas as negociações não atingiram “o valor justo” na percepção do empresário.
As ações da Usiminas detidas pela CSN também estão no pacote que poderá ser negociado (cerca 14% do capital total). O grupo precisa vender esses pa- péis até 2019, por decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As ações da Usiminas acumulam valorização de 115% este ano. No entanto, Steinbruch destacou que o valor atual está aquém do observado em 2011, quando a CSN foi a mercado comprar os papéis.
Dívida. Steinbruch disse que o grupo vai chegar ao fim do ano sem atingir a meta de redução de sua dívida. Ele destacou, contudo, que os débitos da empresa, mesmo em um cenário adverso, não cresceram. A dívida líquida da CSN no fim de setembro era de R$ 25,7 bilhões, estável sobre o mesmo período de 2016.
Na segunda-feira, a CSN divulgou seus balanços auditados em relação ao exercício de 2016, mas ainda precisa informar os documentos auditados referentes a este ano. A empresa tem a intenção de emitir dívidas no mercado em 2018 e começar a renegociar o alongamento de seus débitos de curto prazo com bancos.