O Estado de S. Paulo

Premiação motiva clubes da Série A

Luta para chegar à frente na tabela pode valer alguns milhões de reais a mais na conta das 16 equipes que permanecer­ão na primeira divisão

- Daniel Batista

Disputa pelo título, vaga na Libertador­es e luta contra o rebaixamen­to não são os únicos motivos para os clubes se dedicarem na reta final do Brasileiro. Há mais atrativos. Uma posição acima ou abaixo na classifica­ção pode fazer diferença na premiação dada pela CBF aos 16 times que permanecer­ão na Série A.

O campeão vai embolsar R$ 18 milhões da entidade. O vice ficará com R$ 11,3 milhões e o terceiro classifica­do levará para casa R$ 7,7 milhões ( veja a lista completa no quadro ao lado).

A variação no valor de acordo com a classifica­ção final faz com que times que estariam sem grandes aspirações nesta parte da disputa, como o Cruzeiro e outros, tenham motivo para se dedicar às últimas rodadas. A equipe de Mano Menezes é a campeã da Copa do Brasil. Com isso, possui vaga para a Libertador­es 2018. Mesmo assim, quer subir na tabela.

Com 11 pontos atrás do líder, a chance de brigar pelo título e de ser rebaixado é remota. Segundo o site especializ­ado em estatístic­a Infobola, o Cruzeiro tem 1% de probabilid­ade de ficar com a taça do Brasileirã­o.

Em quinto lugar após 31 jogos, o clube mineiro está ganhando R$ 4 milhões. Se ficar em quarto, o valor aumenta para R$ 5,6 milhões. Mas se cair para a sexta posição, a quantia ficará em R$ 2,8 milhões. “A gente sabe que as últimas rodadas têm importânci­a pela questão financeira. Vamos em busca do melhor para o clube”, diz Mano.

A premiação do Brasileirã­o sofreu consideráv­el aumento desde 2016, quando a CBF firmou novo acordo de transmissã­o de TV. Em 2015, por exemplo, o valor total de prêmios era de R$ 35,8 milhões. No ano seguinte, a cifra saltou para R$ 60 milhões. E neste ano é R$ 63,78 milhões.

O aumento faz com que o Brasileiro se torne mais interessan­te, sob o ponto de vista financeiro, do que a Sul-Americana. O torneio continenta­l pagará ao campeão, no máximo, R$ 12 mi- lhões. O Nacional, porém, ainda está distante da Libertador­es, que paga R$ 24 milhões ao campeão. A diferença também é gigantesca quando comparada com a Europa. O vencedor da Liga dos Campeões receberá até ¤ 59,2 milhões (R$ 225,3 milhões), dependendo da fase em que ele entrou na competição.

O Chelsea, atual campeão inglês, ganhou R$ 168,2 milhões pelo título, mais R$ 206,8 milhões com o novo acordo de TV. No total, a equipe de Londres ficou com R$ 375 milhões por ter ficado com a taça nacional.

Sucesso garantido. Corinthian­s e Palmeiras, os dois favoritos ao título deste ano, sonham com os R$ 18 milhões que serão pagos ao campeão, mas já estão aproveitan­do a boa fase para faturar. Contando a receita bruta dos jogos em casa, os rivais já guardaram mais do que o valor prêmio pago pela CBF.

O Corinthian­s tem renda bruta de R$ 32,3 milhões nos 15 jo- gos em Itaquera. Uma média de R$ 2,1 milhões por partida. O Palmeiras aparece um pouco atrás, já que o Allianz tem uma capacidade menor e o time disputou três jogos no Pacaembu. A equipe alviverde tem R$ 24,1 milhões de renda – e média de R$ 1,5 milhão por confronto.

Vale lembrar que o valor que o Corinthian­s arrecada em bilheteria não vai para os cofres do clube, mas para um fundo criado com o intuito de pagar a construção do estádio.

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO Disputa. Dudu tenta roubar bola de Zé Roberto no Palmeiras
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RAFAEL ARBEX / ESTADÃO Risos. Rodriguinh­o e Giovanni Augusto treinam no Corinthian­s

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