Fórum dos Leitores Capistrano de Abreu
ESTADO X NAÇÃO Trabalho escravo
Fiquei estarrecido ao ler na Coluna do Estadão de ontem que a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, em alentado documento de 207 páginas, afirma “sem sombra de dúvidas” que exerce trabalho escravo por não lhe ser permitido acumular seus proventos de desembargadora aposentada, R$ 30.471,10, com os de titular daquela pasta, o que atingiria R$ 61,4 mil. Acima, portanto, do teto constitucional de R$ 33,7 mil, salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mas insuficiente para a sra. Luislinda pagar suas contas. Em que mundo viverá a sra. ministra? Não é onde vive a quase totalidade dos brasileiros. Fico com uma dúvida terrível: será a sra. ministra um caso isolado na corte governante ou haverá outros com tal pensamento? Pobre povo brasileiro, que sofre todas as agruras possíveis
e é governado por gente assim. AFFONSO MARIA LIMA MOREL
affonso.m.morel@hotmail.com São Paulo
Para a ilustre ministra, R$ 33,5 mil por mês, mais carro com motorista, jatinhos, cartão corporativo e residência funcional caracterizam trabalho escravo. Que vergonha a argumentação da dra. Luislinda Valois, na tentativa de dobrar sua já polpuda renda. É muita ganância! FERNANDO VERSIANI DOS ANJOS fernandoeteresaversiani@gmail.com Belo Horizonte
Se ter carro com motorista, cartão corporativo, imóvel funcional e salário de R$ 31 mil, além de usar jatinho da FAB, for considerado trabalho escravo, os milhões de desempregados também querem ser “escravos” como a coitadinha da ministra, né?
APARECIDA DILEIDE GAZIOLLA
aparecidagaziolla@gmail.com São Caetano do Sul
Foram 207 páginas para reclamar que só pode ficar com R$ 33,7 mil do total de R$ 61,4 mil de rendas pretendidas. O governo, diante de tamanho despautério, deveria responder lembrando o historiador Capistrano de Abreu, que sugeriu que nossa Constituição deveria ter apenas dois artigos: “Artigo 1.º – Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Artigo 2.º – Revogam-se as disposições em contrário”. ANTÔNIO JÁCOMO FELIPUCCI
annafelipucci@hotmail.com Batatais
Pede pra sair
Tenho uma sugestão para a ministra se livrar do seu trabalho escravizante e mal remunerado:
peça demissão e vá para casa usufruir a sua gorda aposentadoria. Assim, ganha a sra. Luislinda e ganha o Brasil.
AGOSTINHO SEBASTIÃO SPÍNOLA agosto.spinola@uol.com.br
São Paulo
Privilégios
A ministra Luislinda exemplifica bem a mentalidade de políticos e servidores públicos: na moita, devo buscar o máximo de privilégios possíveis, mesmo que contra a lei. O problema só “aparece” quando são descobertos com a boca na botija. Aí todos se comportam como a alma mais honesta: não sabiam, não fizeram nada ilegal, etc., etc... ELY WEINSTEIN
lyw@terra.com.br São Paulo
Teto salarial
O salário-teto para servidores
públicos está em torno de R$ 33 mil. Quem recebe esse teto não deveria receber mais nenhum adicional, seja quem for, da ativa ou aposentado. Esse valor deveria valer também para o presidente, os governadores, prefeitos, deputados, senadores, ministros e todos os ligados às funções públicas. Só as despesas com representação, no País ou no exterior, deveriam ser ressarcidas. Quanto economizaria o País se esse critério fosse adotado para toda função pública? CARLOS E. BARROS RODRIGUES ceb.rodrigues@hotmail.com
São Paulo
Atitude egocêntrica
Tive a oportunidade de trabalhar em serviço público por um tempo e testemunhei o comportamento da maioria dos servidores: trabalham o estritamente necessário, sentem-se protegidos pela máquina pública, que lhes assegura o emprego (demis-
são só por justíssima causa), e tem a aposentadoria garantida. Sem contar bônus, quinquênios, etc. O País está em crise econômica grave e o rombo fiscal pela necessidade de manter essa massa salarial é incabível. O protesto dos servidores contra o adiamento do aumento salarial e a elevação da contribuição é atitude egocêntrica de quem olha somente para o próprio umbigo, pouco se importando com o futuro da Nação. É hora de mudança de paradigma, pois sem essa mudança não haverá futuro para sustentar os servidores públicos e suas regalias.
LUCIANO HARARY lharary@hotmail.com
São Paulo
VIOLÊNCIA E CRIME Falar e não provar
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, fez afirmações no sentido de que haveria um pactum sceleris, ou combinação criminosa,
entre comandantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro, deputados e outras figuras desse porte, mas não mencionou nomes. A fala de S. Exa. levou o governador Pezão (PMDB-RJ) a ingressar no STF com queixa-crime. Certamente, o ministro vai declinar nomes ou se defender de tal sorte que comprove o alegado. Ou se retratar. Aguardemos o desenlace do caso, que, na pior das hipóteses, serviu para incomodar as parcerias informadas, se realmente existentes.
JOSÉ C. CARVALHO CARNEIRO
carneirojc@ig.com.br Rio Claro
Diante das infelizes e inoportunas declarações do ministro da Justiça sobre o pretenso conluio das autoridades policiais e políticas com o crime organizado, deparam-se apenas três opções: retratar-se publicamente, pedir demissão do cargo ou ser demitido pelo presidente Temer.
TERCIO SARLI
terciosarli.edicoes@gmail.com Campinas
Desmando no Rio
“Dize-me com quem andas e te direi quem és”, velho anexim que se aplica perfeitamente ao governador do Rio. Pezão, sempre às voltas com Sérgio Cabral e sua malta, já deveria ter renunciado ou sofrido intervenção federal. Não é possível que o governo da União suporte a situação de falência e desmando no território fluminense. As mortes quase que diárias de policiais que trabalham nas favelas e nos guetos do crime são os fatos e as provas que o governador pede ao ministro Torquato Jardim. Qualquer cidadão de inteligência mediana percebe que o Rio precisa imediatamente de um choque de disciplina e ordem. MÁRIO NEGRÃO BORGONOVI marionegrao.borgonovi@gmail.com Rio de Janeiro
“Que coisa mais feia equiparar R$ 33,7 mil a salário escravo! A ministra deveria ser demitida, isso é escárnio com o pobre povo brasileiro. #foraluislinda”
PAULO TARSO J. SANTOS / SÃO PAULO, SOBRE LUISLINDA VALOIS ptjsantos@yahoo.com.br
“Quantos policiais já morreram também? Ou policial não é gente?”
SUELY RACY / SÃO PAULO, SOBRE A LETALIDADE POLICIAL suelyracy@gmail.com