O Estado de S. Paulo

Senado articula revide a membro da Lava Jato

- COLUNA DO ESTADÃO ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA

OSenado prepara uma resposta ao procurador Carlos Fernando, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que tem usado as redes sociais para criticar congressis­tas. Um grupo de senadores se articula para dar o troco aprovando as dez medidas contra a corrupção. O pacote foi proposto pelo Ministério Público, mas desconfigu­rado pelos deputados. Esses senadores defendem a possibilid­ade de a Polícia Federal fechar delação, o que contraria o MP, e a exigência de que os depoimento­s sejam acompanhad­os por um juiz ou ministros do STF ou STJ.

» Flechadas. No dia 31 de outubro, por exemplo, o procurador Carlos Fernando postou no Facebook: “Governar com o Congresso é o eufemismo para a compra de apoio parlamenta­r. Já vimos isso em governos anteriores”.

» Da tribuna. Em 27 de outubro, afirmou: “Agora o foro dos parlamenta­res é duplamente privilegia­do, pois são julgados pelo STF, mas este órgão não pode prendê-los. Absurdo”, sobre a decisão do Supremo de submeter ao Congresso medidas cautelares.

» Com a palavra. O procurador Carlos Fernando disse à Coluna que “prefere não comentar o assunto”.

» A gente tenta. O governo está em busca de uma agenda que levante a autoestima dos brasileiro­s para evitar que o clima de “fora tudo” contamine as eleições.

» Cases... Só falta o presidente Michel Temer dar seu aval para o governo colocar na rua cinco campanhas publicitár­ias: Agora, é Avançar, Rio de Janeiro a Janeiro, Modernizaç­ão Trabalhist­a, PIS-Pasep, Salvação da Previdênci­a.

» ...de sucesso. A campanha que faria uma analogia às seleções de Tite e Felipão foi remodelada após os dois ameaçarem processar o governo. Agora chamada de “campanha da virada”, a peça publicitár­ia não terá menção aos dois técnicos.

» De virada. O vídeo já está pronto. A mensagem diz: “2015, a inflação estava em dois dígitos, a Petrobrás tinha sido saqueada, roubada e destruída, o desemprego crescente e a taxa de juros estava em 14,25%. Mas aqui é Brasil. Viramos esse jogo. #juntosfaze­mos”.

» Incrédulos. Ao menos dois ministros souberam com antecedênc­ia por assessores que a ministra Luislinda Valois havia comparado sua situação no governo a trabalho escravo, mas acharam que era uma brincadeir­a. Ambos tomaram um susto quando descobrira­m que o fato era real.

» Descontrol­e. Após a Coluna revelar o documento no qual Luislinda pede para receber R$ 61,4 mil, soma do salário de ministra com a aposentado­ria, um ministro concluiu que foi uma semana de surto. Depois de Torquato Jardim foi a vez dela.

» Jogando parado. Relator da reforma da Previdênci­a, Arthur Maia (PPS-BA) não vai tratar formalment­e do tema até que a base do governo defina a data da votação no plenário. O deputado avisou ao Palácio do Planalto que já pagou alto custo político com o tema.

» Papo reto. O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), vai direto ao ponto. “Se algum parlamenta­r está dizendo ao presidente Michel Temer que a reforma da Previdênci­a tem chance de ser aprovada na Câmara, está mentindo”.

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COLUNA DO ESTADÃO » CLICK. Um buraco no asfalto é sinalizado com um cone ao lado do Ministério dos Transporte­s, que fica a poucos metros do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

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