Somos negocia aquisições em paralelo à Kroton
ATarpon, controladora da Somos Educação, segue buscando alternativas para a companhia de ensino básico. Enquanto negocia a venda do ativo para a Kroton, conversa com outras empresas sobre aquisições. Assim, a Somos tenta ser um agente consolidador do setor ao mesmo tempo que busca um comprador. No mercado, comenta-se que a venda para a Kroton estaria “emperrada”. Entre os motivos estão opções de ações detidas por administradores da Somos, no valor de R$ 23, enquanto que o papel da empresa está cotado em cerca de R$ 19. A Kroton já admitiu estar em diversas negociações, mas, oficialmente, não fala de conversas com a Somos. Já foi levada à mesa da Tarpon a opção de desinvestimento via uma oferta de ações, por meio de um follow on, na esteira do bom momento de mercado para emissão de ações, além de uma alta de quase 150% dos papéis da Somos no acumulado deste ano. No entanto, a empresa quer exaurir a busca por um parceiro estratégico antes de tomar uma decisão como essa. Procuradas, Tarpon e Somos não comentaram.
» Aquecido. Outros players garimpam ativos no setor de educação básica. O colégio paulista Catamarã, fundado em 1995, está à procura de alvos para dobrar o número de alunos nos próximos 5 anos. Já teria, inclusive, contratado assessores: o escritório Viseu Advogados. Com duas unidades em São Paulo, sua estratégia inclui aquisições e a ampliação da atual estrutura.
» Passando o chapéu. Representantes do governo de São Paulo iniciam na próxima semana uma rodada de conversas com investidores estrangeiros em busca de interessados na concessão do trecho norte do Rodoanel Mário Covas (SP-021). O road show acontece entre os dias 6 e 10 de novembro com agenda na França, Itália e Espanha. Estão previstos investimentos de R$ 581,5 milhões, a serem feitos em 30 anos de concessão. Vence a maior oferta de outorga, com lance mínimo de R$ 462,3 milhões. O certame será no dia 10 de janeiro, na B3.
» Esquadrão. Participam das apresentações o secretário de governo, Saulo de Castro Abreu Filho, a subsecretária de Parcerias e Inovações, Karla Bertocco Trindade, e o diretor-geral da Artesp, Giovanni Pengue Filho. O trecho norte integra a quarta rodada de concessões de rodovias paulistas que, com apoio da IFC, braço do Banco Mundial, passou a ampliar as condições de participação de empresas estrangeiras.
» Pesos pesados. Esse é o terceiro road show da 4.ª rodada de concessões de rodovias de São Paulo. Os projetos paulistas já atraíram grupos internacionais como Abertis, Brookfield, Gavio e Blackstone.
» Reforço. O Felsberg Advogados nomeou mais quatro sócios para o escritório, com uma meta de crescer 30% nos próximos dois anos. André de Souza Santos, Clara Moreira Azzoni, Maria Carolina de Souza Guazzelli e Rodrigo Prado Gonçalves são os mais novos sócios da banca nas áreas trabalhista, insolvência, empresarial e tributário, respectivamente. Eles se juntam a outros 20 sócios e mais de 100 advogados.
» Agora vai? O mercado de edifícios corporativos de alto padrão cresceu na capital paulista, indicando aquecimento das atividades empresariais. O terceiro trimestre terminou com 20,1% de áreas vagas nos prédios, queda de três pontos porcentuais ante o segundo, quando a taxa era de 23,26%, segundo a consultoria imobiliária SiiLA Brasil.
» Alugado. Entre julho e setembro, instituições de peso fecharam contrato de locação de escritórios com Uber, Fox News, 99 Taxi, Salesforce e Tribunal Regional do Trabalho. Os edifícios de preferência são aqueles localizados nas regiões das Avenidas JK, Berrini e Marginal Pinheiros, além do bairro Vila Olímpia.
» Presente de Natal. Os leilões que o Ministério de Minas e Energia vai promover no mês que vem já movimentam escritórios de advocacia. O Palópoli & Albrecht Advogados, especializado no setor, detectou crescimento de 30% no volume de serviços nessa fase anterior aos leilões e ainda espera expansão de 50% na etapa posterior aos certames.
» Olha a onda. Os 2.768 projetos cadastrados para os leilões A-4 e A-6 envolvem eólica, biomassa, solar e pequenas centrais hidrelétricas, além de hidrelétricas e termoelétricas a gás, carvão e biomassa. Desde que foram anunciados, há intensa movimentação em toda a cadeia, de acordo com Otávio Alfieri Albrecht, sócio do Palópoli & Albrecht Advogados. O escritório foi responsável pela elaboração de contratos de venda de campos eólicos da Servtec localizados na Bahia.