O Estado de S. Paulo

Para governo, preço mais alto tem impacto limitado

- / A.B e A.W

O aumento do custo da energia não é um fator que limita a retomada do cresciment­o econômico, afirma o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa. Na avaliação dele, o câmbio tem mais impacto na competitiv­idade da indústria do que o custo da energia. Segundo Pedrosa, o mais importante para o setor produtivo é a garantia de que haverá energia suficiente para abastecer o País, e isso está assegurado.

“Nossa visão é de que o custo não vai impedir o cresciment­o econômico. Para a indústria, o grande problema seria o desabastec­imento, mas isso não vai ocorrer”, afirmou. “A não ser para a indústria eletrointe­nsiva, a energia não define a competitiv­idade da produção.”

Pedrosa, que atuou por muitos anos no setor privado, explica que a grande indústria compra energia com antecedênc­ia e garante contratos de médio e longo prazos com custos mais baixos.

O secretário executivo reafirmou que o abastecime­nto de energia está garantido e que “criar um ambiente favorável é mais importante do que as questões de curto prazo”. Entre as medidas que ajudam a criar um clima mais favorável estão o novo modelo do setor, a privatizaç­ão da Eletrobrás, a revisão dos subsídios e as soluções para problemas bilionário­s que assombram os agentes há anos, como o risco hidrológic­o e a indenizaçã­o das transmisso­ras.

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