Apesar de custar US$ 1 mil, iPhone X traz filas de volta às lojas da Apple
Frenesi. Milhares de pessoas foram às unidades da companhia nos Estados Unidos e em outros 54 países e territórios para comprar o smartphone; demanda confirma projeção da marca para o próximo trimestre e põe empresa rumo ao valor de mercado de US$ 1 trilh
As filas quilométricas de fãs da Apple, ansiosos por colocar as mãos no mais novo smartphone da marca, voltaram. As fotos das lojas da fabricante americana nos Estados Unidos e em outros 54 países e territórios onde o iPhone X chegou ontem mostram que, ao contrário do que imaginavam os analistas, nem o alto preço de US$ 999 foi capaz de espantar os fãs. O novo modelo marca os dez anos do iPhone.
Na Austrália, onde cerca de 400 pessoas ficaram na fila em frente à loja da Apple na capital Sidney, Mazen Kourouche, de 20 anos, foi, em função do fusohorário, um dos primeiros do mundo a colocar as mãos no iPhone X. O estudante de engenharia de software disse à agência de notícias Bloomberg que comprou o aparelho na pré-venda. “O tamanho e a dimensão da tela são os recursos mais benéficos para mim. É uma tela cheia, de ponta a ponta”, disse.
Em Tóquio, no Japão, mais de 550 pessoas aguardaram na fila para comprar o lançamento da Apple. Na Europa, lojas em Amsterdã, na Holanda, Londres, no Reino Unido, e Berlim, na Alemanha, registraram mul- tidões em números similares. Na Alemanha, a espera também foi longa mesmo em cidades como Colônia.
“Eu mal posso esperar para chegar ao escritório, ligar o aparelho e começar a brincar”, disse o recrutador Jordan Shapiro, de 34 anos, que foi um dos primeiros a comprar o smartphone na Apple Store da Quinta Avenida, em Nova York, nos Estados Unidos.
Outra consumidora, Jasmine Rivera, de 16 anos, disse estar ansiosa para mostrar a nova aquisição aos amigos. “Estou empolgada com a câmera e o reconhecimento facial”, disse à agência de notícias Reuters.
O forte movimento na es- treia mostra um comportamento diferente dos consumidores. Nos últimos anos, eles formaram filas, mas não em tão grande número. As multidões atuais lembraram as estreias das primeiras versões do iPhone, que foi lançado em 2007.
Rumo ao topo. A forte demanda é mais um indicativo de que a projeção de receita da Apple para o próximo trimestre está correta, avaliaram analistas. A companhia informou, na última quinta-feira, durante a divulgação de seus resultados para o ano fiscal de 2017, que espera registrar receita entre US$ 84 bilhões e US$ 87 bilhões, acima das expectativas do mercado. As ações da companhia tiveram forte alta anteontem.
O feito se repetiu ontem depois que as fotos das longas filas pelo iPhone X foram percebidas em todo o mundo. As ações da companhia norte-americana chegaram a elevar o valor de mercado da empresa para próximo de US$ 900 bilhões, mas fecharam o dia com alta de 4,39%, o que fez o valor da gigante da tecnologia terminar o pregão em US$ 891 bilhões.
“Nós vemos o iPhone X respondendo a uma demanda reprimida por melhorias em recursos do aparelho, especialmente na China”, disse a analista Katy Huberty, do banco Morgan Stanley. “Isso vai gerar um crescimento de 20% no número de unidades vendidas e recorde de vendas em 2018.”
De acordo com a agência de notícias Reuters, o desempenho da companhia na estreia fez pelo menos nove analistas de Wall Street estimarem que a Apple deve ser a primeira empresa a cruzar, em breve, a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado.