A opção do coworking
Setor de escritório compartilhado, que reúne diferentes negócios no mesmo local, cresce e atrai novos espaços, como o da foto, em SP; dona de empresa dos EUA conta como é trabalhar nesse ambiente
Conversamos com Monica Ausslander, dieteticista e nutriconista registrada, sobre como ela opera sua empresa, Essence Nutrition, em um escritório compartilhado de Miami.
“Aluguei um “escritório-escrivaninha” para minha empresa de nutricionismo no Büro Midtown. Meu espaço fica na rotunda de vidro do edifício multiúso Midblock, perto de lojas de alto padrão do Design District. É uma área descolada e charmosa. Aluguei o espaço um ano atrás, porque não havia lugar em meu apartamento para uma escrivaninha, um arquivo e a papelada. Também queria um endereço comercial diferente do residencial.
Borboleta. A minha é a última escrivaninha de uma fila que corre ao longo das janelas do segundo andar. Destaca-se por seu logotipo, uma borboleta de acrílico pousada no parapeito. Escolhi a borboleta porque meu negócio tem por foco transformação e metamorfose – e nada simboliza isso melhor que uma borboleta. Pode parecer que o espaço tem muito ruído, mas não: os vizinhos se respeitam. E, talvez, seja eu a única que faz algum ruído: costumo falar comigo mesma coisas como “preciso me lembrar de mandar este e-mail”.
Organização. Uma prima do meu marido é artista e seu tema são meias listradas. De brincadeira, colei um decalque de um desenho seu em meu laptop. Esta é uma das vantagens de se ter um negócio próprio: ninguém vai me impedir de fazer uma graça. Ao mesmo tempo, gosto das coisas organizadas. Bagunça me deixa passada. Mantenho um espelhinho em minha frente, porque não posso conversar com um cliente se estiver com uma verdurinha entre os dentes.
Tratamento. Pago uma taxa extra pelo uso de 20 horas/mês da sala de conferências. Ocasionalmente, uso o FaceTime para falar com um cliente em casa pela manhã. Mas queria um espaço profissional para receber clientes em pessoa. A equipe do balcão de entrada recebe as pessoas e as leva para a área de espera. Em seguida, me avisam e levo pessoalmente o cliente para a sala de conferências.
Sob crivo. Perguntar a uma dieticista o que ela come no almoço envolve uma aula. Informo que o Büro tem duas copas com refrigerador, e assim, posso trazer o que sobrou da refeição no restaurante vegano e comer com queijo feta e um pouco de rúcula. Nas copas, pode-se tomar café, chá e água de graça, mas geralmente trago meu chá verde.
Pratos Ilustrativos. Para ensinar
nutrição e composição corporal aos clientes uso modelos de borracha reproduzindo músculos, gorduras e refeições.
Visível. Deixo meu diploma de dieticista e nutricionista na escrivaninha, ao lado da impressora, caso alguém queira vê-lo.
Serviços. Faço parte da diretoria da Jewish Community Services, da qual fui copresidente por dois anos. Neste ano, a entidade me deu um diploma em reconhecimento pelos anos de serviços e por projetos especiais. Ele fica aqui comigo porque é mais uma coisa para a qual não há espaço em casa.
Contatos. Já saí para almoçar com vizinhos de trabalho. Gosto, porque exercem diferentes atividades. Estou sempre precisando de serviços de marketing e outros e creio que uma hora vou acabar contratando alguém daqui. Eu os vejo todos os dias, sei que trabalham seriamente e acho que podem me ajudar.”
“Pode parecer que o espaço tem muito ruído, mas não: os vizinhos se respeitam. E, talvez, seja eu a única que faz algum ruído aqui” Monica Ausslander DIETICISTA