Redução de custo é a principal vantagem; barulho pode atrapalhar
Opção também é interessante para quem têm sazonalidade e em algumas ocasiões tem menos gente operando
Coordenadora do Centro de Empreendedorismo da Fundação Armando Alvares Penteado, Alessandra Andrade diz que a redução de custos é uma das vantagens do coworking.
“O empresário não precisa gastar para montar um escritório nem com a manutenção de uma estrutura engessada. É boa opção para quem está começando. As starutps, por exemplo, que de uma hora para outra podem ter um boom, podem ampliar a estrutura rapidamente, sem a necessidade de desembolsar um grande valor.”
Segundo ela, a alternativa também é boa para empresas que têm sazonalidade e que em alguns momentos têm mais gente trabalhando, e em outros, a equipe é reduzida. “No coworking, ela consegue administrar essa flutuação, porque tem liberdade de escolher o espaço que quer ocupar.”
Professor de empreendedorismo da graduação e MBA da ESPM, Marcos Nakagawa acrescenta como vantagem o fato de ter a companhia de outras pessoas. “Assim, o empresário consegue ter contatos complementares ao negócio. Algumas vezes, até conquista um cliente. Essa sinergia é interessante.”
Alessandra concorda e lembra que vivemos um momento de economia compartilhada, sendo o coworking um espaço propício para a troca de conhecimento e realização de negócios. “É uma forma de se expor e divulgar o negócio.”
Nakagawa diz que alguns coworkings são temáticos e, neste caso, em um espaço que reúne startups, por exemplo, o empreendedor pode conhecer um possível investidor.
Outro aspecto interessante apontado pela coordenadora é o fato de o empresário não ter de se preocupar com a limpeza e organização do espaço, nem com o sinal da internet. “Ele chega para trabalhar e tudo está organizado e funcionando.”
Como desvantagem, o professor aponta o fato de o empreendedor ter a ilusão de que terá acesso a investidores. “Ele pode se sentir frustrado caso isso não ocorra. Outro problema é quando o número de usuários do espaço começa a cair e as despesas vão sendo divididas entre os que ficam, encarecendo o ponto.”
Segundo Nakagawa, quando os espaços são muito abertos também podem ter grande movimentação e barulho, atrapalhando a concentração.
Alessandra vê poucos pontos negativos. “Ainda há certa barreira cultural. Algumas pessoas têm dúvida em relação a confiabilidade das empresas que operam nesses espaços. Além do fato de não haver privacidade.”