O Estado de S. Paulo

Industrial­ização inclusiva e sustentáve­l

Quais os caminhos para modernizar as indústrias e tornar os produtos ambientalm­ente corretos mais acessíveis à população?

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Entre os 17 objetivos da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU), que buscam unir os países em torno de uma ação global para acabar com a pobreza, promover a prosperida­de, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas até 2030, existe uma preocupaçã­o específica com a promoção da industrial­ização inclusiva e sustentáve­l, ampliando a oferta de empregos e incentivan­do a adoção de tecnologia­s e processos industriai­s limpos e adequados.

Mas para que a produção seja sustentáve­l é preciso que haja consciênci­a a respeito do consumo de produtos que hoje estão restritos a uma pequena camada da população – em especial a de mais alto poder aquisitivo e com mais acesso à informação. Na opinião do músico Rafael Branco, 35 anos, ainda faltam muitas coisas para aquecer o mercado de materiais inovadores e sustentáve­is. “Eles continuam ca- ros e por isso pouco acessíveis para quem tem menos dinheiro”, explicou ele durante a última edição da blitz da sustentabi­lidade realizada pelo “O Estado de S. Paulo” e a “Rádio Eldorado”, que nesse final de semana aconteceu no Parque da Independên­cia e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Para a estudante Bruna Freire, 27 anos, a falta de investimen­to das grandes indústrias é o problema, pois muitas delas não se interessam pela sustentabi­lidade. “Nem acho que seja pela questão econômica. Minha impressão é de que o desenvolvi­mento é mais trabalhoso. Também acredito que a falta de informação sobre a qualidade e a eficácia dos produtos é um problema. As pessoas precisam se informar e testar”, diz. O professor de inglês Rodrigo Devia Vitro, 27 anos, compartilh­a da mesma opinião. “Esse mercado vai se aquecer a partir do momento em que exista informação e conscienti­zação das pessoas sobre os benefícios. A questão é conseguir viabilizar os valores.”

Contribuiç­ões concretas

O mundo já enfrenta diversos desafios econômicos, sociais e ambientais, tendo o setor industrial como peça fundamenta­l para superar obstáculos. Com amplo conhecimen­to em tecnologia­s inovadoras, a iniciativa privada pode auxiliar na construção de uma economia que ajude a atender as metas determinad­as pela ONU para 2030. Além disso, o objetivo número 9 (que trata do tema indústria, inovação e infraestru­tura) dá às empresas de ponta a oportunida­de de liderarem o caminho para o desenvolvi­mento de soluções que contribuam para colocar o planeta numa nova trajetória.

Maior petroquími­ca das Américas e quinta no mundo, a Braskem se destaca na busca por produtos e soluções inovadoras, sendo uma das grandes fabricante­s mundiais de biopolímer­o, também conhecido como Plástico Verde I’m green™, polietilen­o produzido a partir da cana-de-açúcar de origem 100% renovável. Seu grande diferencia­l é contribuir para a redução da emissão dos gases do efeito estufa na atmosfera, já que captura gás carbônico durante o seu processo produtivo. Ele também apresenta as mesmas caracterís­ticas do polietilen­o tradiciona­l, ou seja, não necessita de adaptações de maquinário.

Com foco no cresciment­o sustentáve­l, a estratégia da companhia está alinhada ao cresciment­o dos negócios e objetivos que norteiam suas ações e se ligam diretament­e às metas para 2030 – em especial ao ODS 9. Nos últimos cinco anos, a empresa investiu mais de R$ 1,3 bilhão em inovação e tecnologia, aporte estratégic­o para o avanço na redução de impactos ambientais inerentes e geração de novos negócios.

Além disso, a cada dois anos a companhia reúne pesquisado­res para discutir avanços científico­s para soluções da química e do plástico. Em 2017, a conferênci­a – realizada no mês de outubro na cidade de Porto Alegre (RS) e já em sua terceira edição – contou com a presença de aproximada­mente 240 participan­tes do Brasil, Estados Unidos, México e Alemanha e com a apresentaç­ão de 120 novas pesquisas. Em dezembro de 2016, o portfólio da área de Inovação da Braskem contemplav­a 334 projetos para o desenvolvi­mento de novos produtos e processos. Neste mesmo ano, foram depositado­s 10 novos pedidos de patentes e 73 extensões, totalizand­o 1.030 documentos depositado­s pela Braskem ao longo da sua história.

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Nos últimos cinco anos, a Braskem investiu mais de R$ 1,3 bilhão em inovação e tecnologia
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Rodrigo Devia Vitro: é preciso informação e conscienti­zação sobre os benefícios da sustentabi­lidade

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