Gilmar defende ação contra fake news
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que a ofensiva contra a proliferação de notícias falsas na campanha de 2018 deverá contar com um comitê amplo que reunirá especialistas do meio. Para Gilmar, a elaboração de estratégias para barrar a disseminação de fake news nas próximas eleições não significa censura.
“Não se tolera o abuso, especialmente no campo eleitoral. Cada momento tem lá as suas peculiaridades, e cada situação tem lá as suas peculiaridades, mas ninguém está pensando em estabelecer censura. Queremos realmente que toda a sociedade participe desse esforço”, disse o ministro a jornalistas, depois de participar de uma cerimônia em que foi assinado um termo de cooperação técnica entre o TSE e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) para o intercâmbio de serviços biométricos.
“O que nós precisamos é ter provimentos céleres porque essas notícias se alastram hoje com força”, afirmou o ministro.
Gilmar defendeu a inclusão do Exército, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal no debate. A proposta de inclusão dessas instituições foi alvo de críticas de entidades civis. “Nessa área nós temos, às vezes, manipulações criminosas e temos setores hoje da inteligência que já dispõem de informações”, disse o ministro.