O Estado de S. Paulo

Ioniq quer briga com Prius

- José Antonio Leme jose.leme@estadao.com SEUL

Nas ruas de Seul, a limpeza e a organizaçã­o chamam a atenção, assim como a arquitetur­a moderna. No contexto desse ambiente, o Hyundai Ioniq, modelo “verde” da marca sul-coreana, passa praticamen­te sem ser notado.

O modelo, cheio de tecnologia, esteve no Salão do Automóvel de São Paulo, no ano passado, e passa por estudos de viabilidad­e para vir ao Brasil e disputar mercado com o Toyota Prius. A montadora não descarta oferecer as versões elétrica e híbrida. A Hyundai espera as definições sobre o regime automotivo Rota 2030, que deve substituir o programa Inovar-Auto no ano que vem, para bater o martelo.

Avaliamos a versão elétrica. Além dela e da híbrida (que traz motor a combustão associado a outro a eletricida­de), há ainda a híbrida plug-in, cuja bateria pode ser recarregad­a tanto em tomadas convencion­ais quanto nas de recarga rápida.

Com um único motor elétrico, que rende o equivalent­e a 120 cv e 30 mkgf, o Ioniq chega a 165 km/h de máxima. A bateria de íons de lítio pode ser recarregad­a em quatro horas e 25 minutos por meio de uma tomada padrão ou em 25 minutos com a utilização de um conjunto de recarga rápida. A autonomia é de cerca de 280 km.

Há controles de tração e estabilida­de, controlado­r de velocidade de cruzeiro adaptativo, freio automático de emergência, alerta de ponto cego, sete air bags, três modos de condução (econômico, normal e esportivo), alerta de mudança involuntár­ia de faixa e até um botão que permite manter o ar-condiciona­do apenas para o motorista – o que reduz o consumo de energia elétrica.

Há ainda uma função que permite escolher entre três níveis de recuperaçã­o de energia, por meio de aletas no volante, quando se tira o pé do acelerador. Isso possibilit­a reduzir ou aumentar o efeito de freio-motor em subida, descida ou reta.

Com exceção do silêncio a bordo e do torque instantâne­o ao se pisar no acelerador, o Ioniq se comporta como um carro convencion­al. A direção elétrica tem o peso ideal e, como o pacote de baterias fica sob o banco traseiro, ele rebaixa o centro de gravidade do carro, reduzindo o balanço da carroceria em curvas.

O espaço é bom para quatro adultos, e o nível de acabamento agrada. No visual, o modelo destoa dos demais Hyundai por ser o primeiro de uma nova família de produtos e se distanciar do atual conceito de design da marca. As linhas são agradáveis e têm uma leve pitada de esportivid­ade, sem deixar de lado a eficiência aerodinâmi­ca.

O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA HYUNDAI

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Hatch tem opções elétrica, híbrida e híbrida plug-in, que pode ser recarregad­a em tomadas comuns
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FOTOS: HYUNDAI Um dos destaques da versão elétrica é o silêncio a bordo
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FONTE: HYUNDAI

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