O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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FINANÇAS PÚBLICAS Como seria bom...

Imagine como seria bom para o Brasil se a reforma da Previdênci­a fosse aprovada nos seus pontos fundamenta­is. E como o mundo nos veria com outros olhos: um país sério que passou a ser exemplo a ser seguido, pronto para investimen­tos que viriam em abundância. Que bom seria se os deputados pensassem no médio e no longo prazos, em vez de só na próxima eleição, e votassem a favor de tema de tamanha importânci­a, mesmo contrarian­do o desejo comezinho de eleitores que não conseguem avaliar o poder de revitaliza­ção de nossa economia que tal reforma permitiria. Imagine como seria fantástico se o Congresso se desse conta de que o futuro do Brasil está em suas mãos, acreditand­o em como seria bom para os filhos e netos dos próprios parlamenta­res viverem aqui, num país visto pelo mundo como aquele que realmente fez a lição de casa, capaz de se reinventar, de combater a corrupção, um país que deseja vencer e se renovar. Ainda dá tempo, temos uma oportunida­de de ouro de aprovar a mãe de todas as reformas. Os que torcem contra talvez não se deem conta, por ignorância ou má-fé, de quanto os privilégio­s custam caro ao conjunto dos brasileiro­s. O mito de que a Previdênci­a não é deficitári­a tem minado nossa força, nossa economia, e só serve para manter privilégio­s inconcebív­eis num país pobre e excludente como o nosso. Imagine se um milagre iluminasse a mente dos parlamenta­res, transforma­ndo-os como por encanto em patriotas, entendendo que o futuro do País é também o dos seus. Com certeza entrariam para a História como os congressis­tas que, a despeito da desconfian­ça pelas suspeitas de corrupção que os ronda, foram os que conseguira­m mudar para melhor os destinos da Nação. Será que poderemos ter alguma esperança? Com a palavra, os srs. parlamenta­res. ELIANA FRANÇA LEME efleme@gmail.com Campinas

Projeto do Brasil

A reforma da Previdênci­a não é um projeto do governo de ocasião, é um projeto do Brasil. Os deputados e senadores que não votarem em apoio a essa reforma cometem um ato de covardia contra o Brasil, nossos filhos e netos, que herdarão o descalabro fiscal e a volta da inflação. Senhores, esqueçam as mesquinhar­ias e pensem no Brasil. Acordem, senhores, acordem!

ELY WAGNER CORRAL MARTINS elypp@terra.com.br Presidente Prudente

De fato, deputados e senadores, principalm­ente da oposição, têm de entender que a reforma previdenci­ária não é do presidente, mas uma necessidad­e do Brasil. A expectativ­a de vida, ano após ano, é cada vez maior e, portanto, aumentar o tempo de contribuiç­ão e de idade para a aposentado­ria é absolutame­nte necessário. Hoje o aposentado ainda consegue receber seu benefício, amanhã só Deus sabe.

J. A. MULLER josealcide­smuller@hotmail.com Avaré

Boicote ao esforço fiscal

O Congresso apresenta centenas de emendas para driblar o congelamen­to de salários dos servidores públicos. E articula proposta de emenda constituci­onal para quebrar a regra do teto para algumas categorias de privilegia­dos ocupantes de cargos na administra­ção pública. São essas as contribuiç­ões do Congresso Nacional para “combater, com vigor”, o assustador déficit orçamentár­io do governo federal?! HUGO JOSE POLICASTRO hjpolicast­ro@terra.com.br São Carlos

Reajuste para servidores

Os parlamenta­res votarão contra o governo (e contra o País) nas emendas de reajuste dos servidores com medo de perderem o voto deles. Então, que os não servidores deixem de votar nesses parlamenta­res.

VICTOR HUGO RAPOSO victor-raposo@uol.com.br

São Paulo

Miopia grave

Há uma grita geral a respeito dos recursos que não chegam a atividades estratégic­as, como pesquisa, museus, moradias populares, universida­des. E a culpa é toda atribuída ao governo Temer. Poucos percebem que esse é o preço que se paga pelo aumento enorme dos custos da folha salarial e das aposentado­rias do funcionali­smo público, decorrente­s da gestão irresponsá­vel dos governos nas últimas décadas. E quando Temer propõe as reformas que vão eliminar as distorções do funcionali­smo, permitindo demissões por falta de produtivid­ade e cortando as vantagens descabidas nas suas aposentado­rias, grande parte da população é contrária. Dá para entender? ALDO BERTOLUCCI aldobertol­ucci@gmail.com

São Paulo

PSDB desnortead­o

“Os aliados são sempre relativíss­imos: quando estou bem com a população, eles são fiéis; quando a população se afasta de mim, ficam tentando ir para uma posição de independên­cia crítica, esse é o jogo tradiciona­l no Brasil...” – é o que FHC diz no terceiro volume dos Diários da Presidênci­a, segundo leio no artigo de Fabio Giambiagi O Congres-

so de 2019 (7/11, A2). Pois bem, é isso justamente que FHC está preconizan­do ao defender o desembarqu­e do PSDB do governo Temer até o fim do ano. Em assim agindo, não está obedecendo à ética da responsabi­lidade que deve ser a que norteia o político, como bem ensina Max Weber e à qual mais de uma vez apelou para justificar algumas medidas tomadas quando presidente. Agora que a segunda flechada do “pretenso salvador da moralidade republican­a” Rodrigo Janot também não atingiu o alvo e se inicia um período de maior estabilida­de política, criando oportunida­de para que o governo se concentre na aprovação das reformas corajosas a que se propôs, vem FHC com a proposta inoportuna e prejudicia­l ao Brasil de deixar a base aliada. Começa a produzir resultados a política posta em prática por Temer anunciada no programa Ponte para o Futuro, do PMDB, que em muitos pontos coincide com o programa do PSDB: redução sustentáve­l da Selic de 14,25% para 7,5%, podendo chegar a 7% no fim do ano, o que gera uma economia no custo dos juros da dívida interna de mais de R$ 200 bilhões; recuperaçã­o da Petrobrás e volta dos leilões do pré-sal, com a mudança do xenófobo e retrógrado marco regulatóri­o do petróleo; queda do desemprego; reação da economia e fim da recessão; e volta dos investidor­es estrangeir­os – só para enumerar alguns dos indicadore­s mais importante­s de melhora da situação econômica do País. Esses fatos evidenciam que o momento é de cerrar fileiras em torno do governo Temer, não de abandoná-lo, como defende FHC. Isso comprova que FHC e o PSDB estão sem rumo, dividida a sua bancada no Congresso e com sua presidênci­a em disputa. O que pode o Brasil esperar do PSDB, se ele não enxerga o que os fatos estão escancaran­do à evidência?

PAULO A. DE SAMPAIO AMARAL

drpaulo@uol.com.br São Paulo

“Manter reajuste de servidores, criar novo imposto sindical e liberar salários públicos acima do teto. Com políticos desse quilate o Brasil jamais vai sair do buraco em que nossos ‘desgoverna­ntes’ o enfiaram”

LUIGI VERCESI / BOTUCATU, SOBRE AS PAUTAS PRIORITÁRI­AS NO CONGRESSO NACIONAL luigiapver­cesi@gmail.com

“Com o comportame­nto atual, não passa de um luxo inútil e caro”

HARALD HELLMUTH / SÃO PAULO, SOBRE A UTILIDADE DO LEGISLATIV­O PARA O CIDADÃO CONTRIBUIN­TE hhellmuth@uol.com.br

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