Catar dará melhores condições a operários
A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregada de supervisionar os direitos trabalhistas de operários anunciou que não irá investigar as obras da Copa do Mundo de 2022 no Catar. A decisão foi tomada após o país prometer melhorar as condições de trabalho dos operários estrangeiros.
Com a decisão, a Organização Internacional do Trabalho encerrou um caso aberto há três anos, “relacionado ao não cumprimento da Convenção sobre o Trabalho Forçado por parte do Catar”, informou a ONU.
A agência elogiou o compromisso do país árabe em “assegurar os princípios fundamentais e os direitos de todos os operários e o passo para colocar fim ao sistema de patrocínio kafala”. A ONU, entretanto, disse que supervisionará a situação nos próximos três anos.
A kafala é uma legislação trabalhista que tem o potencial de escravizar o imigrante e compromete operários aos seus patrões em uma relação quase forçada. E neste período de obras já foram denunciados abusos que incluem salários subtraídos, confisco de passaportes e proibição de formar sindicatos.
O Catar emprega muitos operários estrangeiros na construção dos estádios, hotéis e outros projetos de infraestrutura relacionados ao Mundial de 2022.